Polivalência! Esta parece ser a principal arma de Paulo Jorge, o inesperado reforço do Benfica. No currículo o extremo tem apenas uma época na Liga, mas Secretário não tem dúvidas que os jogos realizados no Boavista lhe deram maturidade. Conheceram-se no Maia, onde jogaram juntos em 2004/05, preferencialmente no sector direito da equipa então treinada por Mário Reis. Mas, Paulo Jorge não é apenas extremo-direito.
Ao Maisfutebol o ex-portista recordou a última época que realizou como jogador profissional, para elogiar o agora pupilo de Fernando Santos: «É um extremo direito que também pode jogar como lateral-direito. No Maia ainda fez um ou outro jogo como lateral. Embora renda mais a extremo, faz muito bem a fuga de trás para a frente. Rende mais na direita, mas até pode jogar na esquerda.»
É isso mesmo: direita ou exquerda, defesa ou ataque. Estes são os lugares onde se pode ver Paulo Jorge jogar, por isso Secretário não tem dúvidas que o 4x4x2, esquema táctico preferencial de Fernando Santos, não vai impedir ex-boavisteiro de brilhar: «Se o Benfica o contrata é porque o quer para jogar. Fernando Santos pode jogar em 4x4x2 ou 4x3x3. No 4x4x2 pode jogar um jogador solto na frente e ele pode cumprir essa missão.»
O agora treinador enaltece a qualidade humana de Paulo Jorge, que aliada às profissionais faz dele uma mais valia para o clube da Luz. «É uma pessoa humilde, com grande capacidade de trabalho. Dentro do treino é muito profissional e tem todos os requisitos para jogar no Benfica e ser uma excelente contratação. Com o valor, carácter e humildade que tem de certeza que vai conseguir vingar no Benfica», sustentou Secretário, prosseguindo: «É forte táctica e fisicamente.»
Apesar de todos estes aspectos positivos, Secretário não escondeu que a transferência do ex-companheiro de equipa para a Luz foi uma surpresa: «Sabia e sei que tem qualidades para tal, embora seja sempre uma surpresa contratações assim.»
A experiência ganha numa época
Secretário cumpriu a última época como jogador no Maia em 2004/05, precisamente na mesma altura em que Paulo Jorge abandonou o clube, a custo zero, e rumou para o Bessa. O ex-internacional português viajou até aos Açores para ser adjunto de Mário Reis, no Santa Clara, mas acompanhou os primeiros passos do extremo na principal divisão do campeonato português.
«Veio de divisões inferiores, mas a época que fez no Boavista deu-lhe para ganhar experiência. Irá melhorar cada vez mais com o trabalho que vai desenvolver nos treinos e nos jogos», sustentou.
Por tudo isto, foi com naturalidade de Paulo Jorge subiu até à primeira Liga. «Como colega é excelente e como a equipa era muito bem orientada pelo Mário Reis os jogos eram sempre observados por outros clubes. Ele desequilibrava, muito do jogo do Maia passava por ele e por isso deu muito nas vistas», recordou.
Agora a carreira deste extremo de 25 anos vai ter como palco o Estádio da Luz. Um ano depois de Nélson é a vez de Paulo Jorge cumprir apenas uma época entre os principais com a camisola axadrezada e seguir para o Benfica.