No final do encontro, em declarações à SporTV, os dois técnicos fizeram algumas confissões. Alberto Pazos reconheceu estar «desgastado» e Jaime Pacheco assumiu que o seu desejo é «continuar no Boavista».
Alberto Pazos (treinador do Marítimo):
«Não faz sentido falar sobre justiça. Entrámos bem, tínhamos vontade de vencer, mas apanhámos um golo de forma ingénua, em contra-ataque. Perdemo-nos, mas reencontrámo-nos. Depois falhámos algumas oportunidades e o golo que marcámos foi importante para nos motivarmos. Mas enervámo-nos, à semelhança do que vem sucedendo e sofremos o segundo golo, num lance onde não havia falta contra nós. Resumo destes seis jogos? É frustrante não ter vencido. Nunca me tinha acontecido e é desgastante para todos. Há que assumir isto de peito feito. Não sou de desistir. Vim para cá com ambição e continuo assim, mas estou algo desgastado. Mas tenho coragem para continuar no futuro. De minha parte não vai faltar nem vontade nem energia para ficar».
Jaime Pacheco (treinador do Boavista):
«Já não ganhávamos aqui há duas décadas, tivemos uma viagem atribulada e em função do que temos é mais importante o querer do que o saber. Hoje fizemos muita coisa bem feita e tem que ser esta a nossa filosofia. Saber sofrer, sempre. A época foi atribulada, sou o quarto treinador do Boavista este ano e estou certo que iremos melhorar no futuro. A minha continuidade? Todos os boavisteiros me conhecem e sabem que tenho um enorme carinho pelo Boavista. Disse sempre que «sim» ao Boavista e espero que as coisas se proporcionem para eu melhorar este clube. Quero continuar no Boavista. Ontem fez seis anos que fui campeão nacional, já recebi muitos convites mas nunca abdiquei deste clube».