Pedro Mendes deixou o F.C. Porto campeão europeu para ir representar o Tottenham na Liga Premier em 2004/05, numa transferência que também permitiu o regresso de Hélder Postiga ao Dragão. Depois de uma primeira temporada regular, o médio deixou subitamente de ser utilizado pelo novo treinador Martin Jol em 2005/06. Um momento triste para o qual Pedro Mendes ainda não tem uma explicação, como deixou claro nas respostas aos leitores do Maisfutebol.
Porque é que não se conseguiu afirmar no Tottenham? (Vítor Santos e Marco)
- Isso é uma questão que ainda não tem resposta. Tudo passou do oitenta para o oito ou do bom para o mau de forma muito rápida, sem qualquer tipo de explicação, numa tentativa clara de matar o meu futuro no Tottenham. Ouve alguns rumores, mas nunca uma explicação. Sei que houve uma ideia clara para me afastar da equipa e do Tottenham, mas não sei explicar porquê.
O que sentiu quando viu aquele golo anulado frente ao Manchester United com Roy Carrol a defender dentro da baliza? (Vítor Santos)
- Na altura nem notei. Durante o jogo é tudo tão rápido e estava tão longe que não me apercebi bem. Depois, na flash-interview, o jornalista colocou-me a mesma questão e mostrou-me as imagens no ecrã. Aí sim, senti uma grande frustração. Primeiro porque era um grande golo, depois porque era uma vitória que nos dava mais dois pontos que podiam ser importantes para chegarmos à Taça UEFA. Era uma vitória que o Tottenham não conseguia em Old Trafford há muitos anos. Era importante para mim, era importante para o clube, por isso senti uma grande frustração.
Com que jogador é que te davas melhor no Tottenham? (André Santos)
- Era com o Naybet, um bom amigo.
Tens contrato com o Portsmouth até 2010, pensa dar o salto antes disso? (Miguel Morais)
- Sinceramente não penso nisso. Estou feliz, estou num clube que está a evoluir muito, que toda a gente quer que seja melhor no futuro. Estou muito contente com este projecto. Desde que assinei, em Janeiro, que o clube tem vindo a melhorar, o novo presidente tem muitos projectos, quer construir um novo estádio. Não há necessidade em mudar, mas nunca podemos fechar a porta a ninguém.