O presidente da Galp Energia, Ferreira de Oliveira, qualificou esta segunda-feira a congénere espanhola Repsol como um grande parceira de negócios, mas afastou a possibilidade de uma união entre as duas empresas.

«Estamos a pensar em tudo menos em casamento ou uniões de facto», disse o líder da Galp aos jornalistas, após ter sido questionado sobre se havia uma aproximação com vista a uma aliança entre os dois grupos energéticos, avança a «Lusa».

Uma grande parceira de negócios com a qual a Galp Energia tem excelentes relações, foi como Ferreira de Oliveira se referiu à empresa espanhola.

O presidente da Galp escusou-se também a comentar a possibilidade de compra dos 20 por cento que a Sacyr Vallehermoso detém no capital da Repsol e que anunciou na semana passada que vai vender.

Esta hipótese de compra seria um passo na hipotética aproximação entre os dois grupos, que foi hoje notícia de destaque do «Diário Económico», afirmando o jornal que o projecto tem o aval político de José Sócrates».

Maior exportador português

A Galp Energia exportou o ano passado 1,35 mil milhões de euros em produtos petrolíferos e deverá exportar 1,6 mil milhões de euros em 2008, afirmou Ferreira de Oliveira.

«A Galp é o maior exportador português, praticamente a par com a Autoeuropa, contribuindo para a dinamização da economia», disse Ferreira de Oliveira na cerimónia de aniversário dos 30 anos da refinaria de Sines.

A Galp está a investir 760 milhões de euros na modernização da refinaria de Sines, nomeadamente para o aumento da produção de gasóleo. No dia em que faz 30 anos, a refinaria inicia também uma paragem para manutenção durante 45 dias, que acontece em cada quatro anos, na qual vai investir 62 milhões de euros e para a qual serão mobilizados 3.500 trabalhadores.

No conjunto das duas refinarias (Matosinhos e Sines) a Galp vai investir mais de mil milhõs de euros com o objectivo de colmatar os défices de produção de gasóleo, nafta e propano do aparelho refinador nacional.

A Galp estima que, com a produção de novos produtos e, consequentemente, a redução de importações, o país venha a poupar mais de seis por cento na factura anual de energia.