Adel Taarabt vai apresentar-se no Seixal para a pré-época. O médio não entra nas contas de Rui Vitória, mas vai treinar no Caixa Futebol Campus à espera de colocação para prosseguir a carreira.

O internacional marroquino tem contrato com os encarnados até 2020 e aufere um ordenado principesco. Contudo, nunca foi utilizado na equipa principal pelo treinador encarnado.

Antes, convém recordar que o jogador de 28 anos chegou à Luz em meados de junho em 2015, tendo assinado por cinco anos. Custou aos cofres das águias 2,925 milhões de euros, segundo o Relatório & Contas referente à temporada 2014/15 divulgado pela SAD do Benfica.

Ora, ao final de dois anos de ligação ao Benfica, o marroquino regista zero minutos de utilização na equipa principal.

No primeiro ano atuou em sete partidas pela equipa B dos encarnados, somando um total de 509 minutos. Apontou apenas um golo no empate frente aos «bês» do Sporting de Braga.

Embora tenha chegado a ser convocado para dois encontros da Liga, curiosamente os dois frente ao Boavista, acabou por ver ambos os jogos da bancada.

Após um empréstimo falhado ao TSV Munique no início da época 2016/17, o médio seguiu para Itália. O Génova foi o seu destino.

Na estreia, duas assistências no empate a três com a Fiorentina, e a promessa de um regresso à sua melhor versão. Pura ilusão. A inconstância exibicional impediu a afirmação plena no onze do técnico Andrea Mandorlini.

Foi titular pela última vez em San Siro para depois nunca mais ser utilizado. 209 minutos, ainda assim, abaixo daqueles que registou na equipa B do Benfica.

O falhanço na Luz é explicado pelo jogador. De acordo com o próprio Taarabt, foi Jorge Jesus quem pediu a sua contratação. A saída do treinador para o Sporting, o excesso de peso com que se apresentou e os problemas disciplinares complicaram a afirmação no plantel de Rui Vitória.

A qualidade técnica do jogador, que já representou Tottenham, QPR, AC Milan e Fulham, é indiscutível. A inconstância das suas exibições e os problemas fora das quatro linhas sempre impediram a afirmação plena nos vários clubes onde passou.

Um fardo na folha salarial do Benfica: mais três anos de ligação.