Sebastian Prediger é um rapaz de família. A garantia foi dada pela irmã Virginia, em conversa com o Maisfutebol. Natural da pequena localidade de Crespo, em Entre-os-Rios, Argentina, o jovem de 22 anos que se prepara para tornar-se reforço do F.C. Porto sempre jogou no Colón. Com a companhia da família por perto, claro.
A excepção aconteceu durante seis meses, quando Prediger se mudou para a Colômbia. Para jogar no Millionarios. Uma experiência que esteve longe de ser feliz. «Foi muito difícil», conta Virginia. «Ele tinha apenas 19 anos, saiu para dar um impulso à carreira mas aconteceu tudo ao contrário. Nessa altura foi complicado para ele e para nós.»
Começou pelo aspecto desportivo. «O certificado demorou muito a chegar, ele não podia jogar e estar num país diferente sem poder jogar é difícil», diz. «Mais tarde esse problema resolveu-se, mas ele nunca foi feliz na Colômbia. Tinha ido porque nessa altura o treinador do Colón não o colocava a jogar, mas voltou seis meses depois.»
O regresso, para perto de Maradona
«As pessoas do Millionarios gostavam dele. Viram-no num torneio quadrangular que se realizou em Santa Fé e como não estava a jogar no Colón pediram para o levar. Ele foi, mas não correu bem, voltou e depois tudo foi diferente. Começou a ser titular, estreou-se na primeira divisão e foi chamado à selecção argentina pelo Maradona.»
Esse instante em que se integrou na selecção argentina mudou tudo, acrescenta Virgínia. «O Maradona elogiou-o no final do jogo e tudo mudou na carreira dele.» Tornou-se um dos valores emergentes do futebol argentino e prepara-se para ser contratado pelo F.C. Porto. Naquela que será a segunda saída do jovem de 22 anos do país natal.
E o Porto, afinal aqui tão perto
«Desta vez vai ser diferente, podemos estar descansados», garante Virginia. «Ele está mais maduro e a forma como o F.C. Porto faz as coisas é muito segura. Ele está muito contente e nós também. Sabemos que vai para longe, mas vai estar bem e nós podemos ir muitas vezes a Portugal. Queremos visitá-lo máximo de vezes que conseguirmos.»
«Vamos todos juntos. Quando formos, vamos todos. O meu pai, a minha mãe, o meu irmão Ezequiel, eu e o meu irmão Nicolas.». Ora Nicolas, o irmão mais novo, merece também elogios. «De todos os meus irmãos era o que tinha mais jeito para o futebol, mas um carreira exige sacrifícios e ele não tem o espírito de Sebastian».