A primeira internacionalização de Amauri pela selecção italiana está presa apenas por detalhes burocráticos, pelas palavras do presidente da Federação de Itália, Giancarlo Abete, e do próprio seleccionador da squadra azzurra, Marcelo Lippi. O talentoso avançado da Juventus, de nacionalidade brasileira, espera pela resolução do caso da sua mulher que também espera pela nacionalidade italiana, para depois avançar com os últimos detalhes da sua situação.
«Devemos esperar que a mulher de Amauri obtenha a cidadania italiana para depois tratarmos da dele. Esperamos consegui-lo o mais breve possível, uma vez que quantos mais golos Amauri marca maior é a pressão da opinião pública porque todos esperam o anúncio de que Amauri é um cidadão italiano», contou o dirigente.
Marcelo Lippi também conta com Amauri e até revelou alguma ansiedade pela resolução do caso. «Amauri? Claro que conto com ele, e como. Depois de resolvidos os problemas da cidadania vamos chamá-lo com certeza», destacou o seleccionador numa extensa entrevista ao jornal La Stampa.
Amauri já marcou onze golos com a camisola da Juventus esta temporada e é o segundo melhor marcador do calcio, apenas atrás de Di Vaio (Bolonha), Diego Milito (Génova) e Gilardino (Fiorentina), todos com doze.
Abete falou também do caso de Cassano, avançado da Sampdória, que, em conflito com Lippi, tem poucas esperanças de voltar a representar o seu país a curto prazo. «Se tem amor à camisola da selecção, e acredito que Cassano o tenha, não deve arrepender-se, mas continuar a dar o máximo como o faz um jogador que aos 34 anos é um exemplo para todo o sistema desportivo italiano: falo de Del Piero», destacou.
O responsável máximo pelo futebol italiano espera ainda que Francesco Totti, apesar de já contar 32 anos, volte atrás na sua decisão de abandonar a selecção e que volte a ser o capitão dos azurri no próximo Mundial na África do Sul. «Tem a idade justa para outro Mundial», comentou ainda o dirigente.