Apontada como joker do grupo, a seleção arménia apresentou-se com boa organização defensiva, a partir de uma estrutura com três centrais, e encurtou os espaços à Dinamarca, que acusava uma clara falta de criatividade. Aos poucos, os fantasmas do último jogo em Copenhaga começaram a intranquilizar os dinamarqueses, que foram permitindo alguns esboços de contra-ataque ao adversário, quase todos saídos dos pés de Mkhitaryan.
E tal como em junho do ano passado, foi o criativo do Dortmund a gelar o Parken, novamente, ao abrir o marcador com um belo remate rasteiro de fora da área, após trabalho individual (50 minutos). Sem alternativa, Morten Olsen reforçou as opções de ataque e a sua equipa começou um cerco à área de Berezovskyi, mais em força do que em jeito. Mas à medida que a Arménia perdeu capacidade para defender fora da sua área, a pressão acentuou-se e o empate chegou numa recarga de fora da área do jovem do Bayern Munique, Hojbjerg (65 minutos).
A saída de Mkhitaryan, aos 71 minutos, marcou o canto do cisne da Arménia, que se limitou a tentar resistir até ao fim. Não o conseguiu, porque o recém-entrado Kahçlenberg, de cabeça, marcou o golo da reviravolta, após cruzamento na esquerda, e repôs a lógica no marcador. Apesar de tudo, fica o aviso a Portugal e Sérvia: esta Arménia não é candidata ao apuramento, mas confirmou ter argumentos para tirar pontos aos favoritos.
No Parken, em Copenhaga, as equipas alinharam:
DINAMARCA: Schmeichel; Ankersen, Kjaer (Okore, 56 min), Bjelland e Boilesen; Kvist (Khalenberg, 74), Hojbjerg e Eriksen; Schöne (Vibe, 56 min), Bendtner e Krohn-Dehli.
Treinador: Morten Olsen.
ARMÉNIA: Berezovoskyi; Hovsepyan, Haroyan, Arzumanyan (Voskanyan, 66 min), Mkoyan, Harapetyan; Hovhanissyan, Yedigaryan e Mkhitaryan (Pizzelli, 71 min); Manucharyan (Dashyan, 84 min) e Ghazaryan.
Treinador: Bernard Challandes.
Marcadores: Mkhitaryan (50 min); Hojbjerg (65 min); Kahlenberg (80 min).
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