Ramires está decidido a apresentar um pedido de desculpas a Emerson, nesta quarta-feira, quando Chelsea e Benfica se reencontrarem na Liga dos Campeões. O internacional brasileiro garante que não se estava a referir especificamente ao compatriota quando falou do lado fraco do Benfica, mas ainda assim sente que lhe deve uma explicação.

«Não fiquei arrependido do que disse. O problema foi a interpretação. Foi levado para um lado que eu não queria, pois sou profissional. Não o conheço pessoalmente, mas sei a capacidade que tem. Devo desculpas, pois não me referir ao Emerson, mas ao ponto fraco da equipa», disse Ramires, antes de corrigir a expressão utilizada novamente: «O lado fraco não, o lado que podíamos explorar. Podia falar do lado direito ou do meio-campo. Falei do esquerdo e associaram ao Emerson. Resta-me pedir desculpas», sustentou.

A defrontar uma antiga equipa pela primeira vez, o médio assume que «é estranho». «Não só pelos títulos que conquistei, mas também pelo carinho dos adeptos. Mas o futebol é assim, e agora estou do outro lado. Torço pelo Benfica no campeonato, e noutras provas, mas quero ajudar o Chelsea», afirmou, em conferência de imprensa.

Cedo para pensar em Barcelona ou Milan

Ramires reconhece que a vantagem conquistada pelo Chelsea na Luz «é importante», mas diz que «é preciso encarar o jogo com seriedade, pois nada esta ganho». «Quando se trata do Benfica é sempre complicado. Passei por lá, e sei que a motivação vai ser muito grande. O resultado é adverso, mas vão fazer tudo para vencer. Temos de entrar ligados para não sermos surpreendidos em casa», alertou.

O brasileiro garante, de resto, que «no balneário ninguém fala do Barcelona ou Milan», possíveis adversários nas meias-finais. Ramires espera, no entanto, que os «blues» avancem na perseguição do título em falta no museu: «Falar do Chelsea no Brasil é como falar do Barcelona e do Real. Sabemos a grandeza do clube. Há esse peso de nunca ter vencido a Liga dos Campeões, mas com o tempo o Chelsea chega lá, e vai tornar-se ainda maior do que já é.»

O antigo jogador do Benfica falou ainda do início da época, com Villas-Boas no banco, reconhecendo que «não foi uma fase boa». «Os jogadores não estiveram no auge, para ajudar, como estamos a conseguir agora. Passámos por uma fase muito difícil. Após a saída do André a equipa ganhou força, no jogo com o Birmingham, e recuperámos confiança. O Chelsea passou a ser respeitado onde ia, e estamos a mostrar que temos grandes jogadores e uma grande equipa. O Roberto (Di Matteo) também contribuiu para isso», afirmou.