* Enviado-especial do Maisfutebol aos Jogos Olímpicos
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«Completamente satisfeita». Salomé Rocha resume assim, convicta, as suas emoções após o 26º lugar na final dos 10.000 metros olímpicos. A portuguesa ficou a escassos 23 centésimos de segundos do recorde pessoal e participou na corrida em que caiu um recorde do mundo com 23 anos.

«Sinto que andei a correr contra um TGV. Elas passavam por mim e percebi que o ritmo estava muito forte. São ritmos para super heróis», desabafou a portuguesa ainda no Estádio Olímpico, poucos minutos após a prova.

Almaz Ayana fez uma corrida supersónica. Brutal. Roubou 14 segundos ao anterior recorde mundial e 37 ao ex-recorde olímpico. «Tentei acompanhar o 'comboio' o mais que consegui. Depois, elas atacaram e eu não fui, porque poderia não conseguir aguentar até final aquele ritmo», consentiu Salomé Rocha.

Apesar de não ter entrado no Top20 e de ter falhado o recorde pessoal, Salomé sai com o sentimento de «dever cumprido» e a certeza de ter competido contra atletas de «outro planeta».

«Claro que estamos a falar de super-mulheres. Para já, estão num mundo à parte. São máquinas e é excecional vê-las correr. Pena eu não ter visto muito (risos)».