Humberto Coelho, vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, confirmou um «cachet» de 800 mil euros para a Seleção Nacional ir jogar, na próxima quarta-feira, ao Gabão, mas não quis revelar se estavam previstas contrapartidas para a presença de Cristiano Ronaldo que vai falhar este jogo particular devido à lesão que sofreu no último jogo do Real Madrid.

Um jogo particular a meio da semana numa altura em que os clubes, envolvidos nas competições europeias, já estão sobrecarregados de jogos. «É um jogo particular, de preparação, importante para que a equipa se volte a reunir após os jogos de qualificação. Todas as grandes equipas são solicitadas, a Argentina vai jogar à Arábia Saudita, a Espanha foi há pouco tempo a Porto Rico, o Brasil também faz muitos jogos. O cachet é importante e, ao mesmo tempo é o prestigio da seleção que está em causa. Somos convidados pela presidência do Gabão», destacou o dirigente.

Humberto Coelho garante que houve preocupação com o bem-estar dos jogadores, para que não houvesse um grande desgaste com a viagem e estadia. «Salvaguardamos as condições, com uma viagem em executiva para os jogadores poderem viajar de forma confortável. O Gabão fez a CAN o ano passado, tem um estádio novo, infraestruturas novas. Uma delegação da FPF já lá foi averiguar e comprovou que existem condições para um bom jogo», acrescentou.

Além do prestígio, foi também o «cachet» de 800 mil euros que levou a federação a aceitar o convite do Gabão. «É um cachet que é normal, que confirma o prestígio que a seleção nacional tem. Temos de aproveita enquanto estamos na mó de cima para alimentar projetos que temos em mente, como a cidade do futebol e para não onerar os cofres do Estado», destacou.

Quanto à ausência de Cristiano Ronaldo, Humberto Coelho preferiu não entrar em pormenores. «Há um cachet que foi estipulado, mas não vamos entrar em pormenores. É de saudar o profissionalismo de Cristiano que veio cá, mas é uma viagem longa e ele não está nas melhores condições», referiu.