A estrutura técnica da Federação Portuguesa de Futebol passará a contar com um coordenador, confirmou hoje o elenco federativo. As alterações no departamento, anunciadas após uma reunião da direcção da FPF, passam ainda pelo facto de o novo seleccionador nacional não escolher os treinadores-adjuntos.  

«Pela primeira vez o selecionador que chegar vai ter à sua espera toda uma equipa técnica pronta a funcionar. O seleccionador vai ser contratado para seleccionar jogadores, enquanto a direcção da Federação selecciona os técnicos», explicou António Sequeira, secretário-geral da FPF. 

Sequeira acrescentou ainda que os técnicos das selecções «passarão a ter um horário de trabalho» e terão de pedir autorização antecipada para deslocações de observação e outras despesas, para acabar com «a independência» que, noutros tempos, «levou a que se soubesse de algumas situações depois de elas terem acontecido». 

O nome do coordenador técnico será anunciado em conjunto com o do seleccionador. Segundo António Sequeira, será uma figura de «prestígio», que «alcançou vários sucessos» a nível da formação. A definição parece apontar para o nome de Carlos Queirós, que era dado como uma das hipóteses mais fortes para o lugar de seleccionador. 

António Oliveira continua a ser apontado como o provável sucessor de Humberto Coelho à frente da selecção, mas o anúncio só será feito na próxima terça-feira. António Sequeira limitou-se a dizer que o presidente da FPF, Gilberto Madaíl, tem carta branca para decidir: «Foi dada ao senhor presidente da direcção um mandato para negociar as condições com as pessoas que estão em mente e que são do conhecimento de toda a direcção da FPF.»

A data do anúncio da decisão, inicialmente prevista para 2 de Agosto, foi antecipada em um dia, porque na quarta-feira Gilberto Madaíl estará em Nyon a acompanhar a decisão da UEFA sobre o recurso às penas impostas a Abel Xavier, Nuno Gomes e Paulo Bento após os incidentes na meia-final do Euro-2000.