Depois de ter igualado Pauleta como melhor marcador da história da Seleção, com o «hat trick» na Suécia, Cristiano Ronaldo tem agora oportunidade de isolar-se no topo da lista. O jogo com os Camarões pode permitir ao capitão da equipa das quinas ultrapassar a barreira dos 47 golos, mas esse assunto não foi sequer discutido com Paulo Bento.

«Não falei nada em concreto com ele. Parece-me uma questão de tempo. Nem me parece que seja algo determinante para este jogo», disse o selecionador, em conferência de imprensa.

Mais tarde Paulo Bento defendeu ainda que «chegar ao Mundial com o melhor do mundo não traz qualquer acréscimo de pressão». «O objetivo seria o mesmo», frisou o técnico, depois de uma pergunta que lembrava que em 2002 a equipa das quinas também tinha o melhor do mundo, mas não passou da fase de grupos.

«O que desejo é que Ronaldo chegue ao Mundial nas melhores condições físicas possíveis, assim como os colegas. Em 2002 o Figo não chegou ao Mundial nas melhores condições. Teve um problema que andou a tratar e que criou dificuldades. Mas já passaram doze anos, as coisas são tratadas de forma diferente, e esperamos obter um resultado diferente», respondeu.

Paulo Bento, que era então jogador, foi também questionado se tinha capacidade para travar Cristiano Ronaldo como adversário. «Já é difícil pará-lo agora, imagine naquela época. Mas eu também não era defesa», lembrou o selecionador ao jornalista brasileiro.