A primeira convocatória de Fernando Santos fez regressar à seleção portuguesa alguns jogadores que estavam afastados da equipa nacional. Mas, em altura de convocatórias para os jogos das seleções da dos próximos dias, Portugal não foi o único país onde isso aconteceu. Longe disso; houve vários outros exemplos. O mais sonante ouviu-se no Brasil com o regresso de Kaká à canarinha.

A convocatória de Kaká surgiu na sequência da lesão de Ricardo Goulart. Mas o que fica é o regresso do craque brasileiro à seleção brasileira aos 32 anos – coroando a grande forma exibida no São Paulo e interrompendo uma ausência de mais de um ano e meio. O médio por quem a liga dos Estados Unidos espera para ver na próxima época com o Orlando City não joga pela seleção desde março de 2013.




Kaká deixou de contar para a seleção brasileira durante a última passagem de Luiz Felipe Scolari. É com o regresso de Dunga que ele também está de volta. O novo selecionador escolhido pelo Brasil para ultrapassar a desilusão do recente Campeonato do Mundo está a recuperar jogadores afastados por Felipão e esse processo começou logo no primeiro jogo pós-Mundial.

No particular com a Colômbia que marcou a estreia de Dunga, em setembro passado, o Brasil voltou a ter também Maicon (de 32 anos), Ramires (27) e Robinho (30). Agora, para os jogos dos próximos dias 11 e 14, com a Argentina e o Japão, respetivamente, o Brasil volta a ter uma das suas estrelas da primeira década deste século, que faziam parte do núcleo de Dunga na sua primeira passagem como selecionador do escrete (2006-2010).



Voltando ao que diz respeito a Portugal, os seus dois próximos adversários também terão jogadores que voltam após longa ausência das suas seleções. Na França (jogo no dia 11), Didier Deschamps convocou André-Pierre Gignac quando o avançado do Marselha já não veste a camisola dos «bleus» desde setembro do ano passado – numa convocatória também já do atual selecionador, o que não deixa de ter significado redobrado.

Em 2011, quando Gignac já jogava no Marselha então com Deschamps como treinador, os dois entraram em confronto direto e bem público, através de reações extemporâneas e palavras insultuosas. O ponto alto de Gignac na seleção francesa tinha sido a campanha para o Mundial 2010, onde a França campeã do mundo desiludiu.

A sua mudança para Marselha passou a coincidir com a ausência da equipa nacional, interrompida uma vez em campo (entre duas chamadas) na tal vez que Deschamps voltou a contar consigo. Gignac volta agora aos «bleus» (para os jogos com Portugal e Arménia) mais de um ano depois novamente pela mão de Deschamps e depois de nove golos nas nove jornadas de uma liga francesa liderada em grande estilo pelo Marselha.

O selecionador francês frisou que não tem qualquer «problema» com o seu antigo jogador – e deu mesmo o exemplo da convocatória do ano passado – e assumiu que não convocou Gignac por defeito devido à ausência de Giroud. Mas Deschamps adiantou em relações às lesões que «o que acontece no presente não é o que acontecerá em 2016».


No Grupo I de apuramento para o Euro 2016 de que Portugal faz parte, a Servia vai defrontar a Arménia e a Albânia e Danko Lazovic é a grande novidade do selecionador Dick Advocaat para esta jornada dupla. O avançado de 31 anos do Partizan não faz um minuto pela Sérvia desde o Euro 2012.

Advocaat afirmou que conhecem bem Lazovic desde que o avançado jogou na Holanda (a partir de 2003/04). E o selecionador holandês da Sérvia revelou que a sua decisão de chamar o jogador de 31 anos teve como principais razões o seu «temperamento» e a «paixão» e a «vontade de ganhar» que Lazovic «mostrou».

A República Checa tem encontros marcados com a Turquia e o Cazaquistão e não foi por ter ganho à Holanda na jornada inaugural do Grupo A que Pavel Vrba deixou de convocar agora Jaroslav Plasil. O médio esteve na campanha para o Mundial 2014 que os checos falharam e pensou-se que os tempos de seleção tinham acabado para o jogador de 32 anos – até porque não participou nos quatro amigáveis já neste ano. Mas não acabaram. Plasil é mais um dos que estão de volta.




Jelle van Damme é o regressado da Bélgica de Marc Wilmots. A última vez que Van Damme jogou com a camisola dos diabos vermelhos foi no apuramento para o Euro 2012. Depois de ter falhado a fase final deste Europeu, o defesa também não participou no apuramento para o Mundial 2014 – não sendo utilizado no único jogo para que foi convocado – e também não tinha sido opção no passado dia 4 frente à Austrália. Aos 30 anos, Van Damme tem a sua nova oportunidade entre os eleitos belgas para defrontar Andorra e Bósnia-Herzegovina.

Entre os vários regressos para esta jornada de jogadores que podem ser dados como exemplo entre as seleções que dificilmente conseguem um apuramento para uma fase final estão os da Bulgária. Futebolistas como Nikolay Mihaylov e Aleksandar Tonev não fazem um jogo desde a final da fase de apuramento para o Mundial 2014 – faz agora um ano. E não só não participaram nos dois particulares seguintes, como também não estiveram no arranque vitorioso da Bulgária para o Euro 2016 no Azerbaijão. O guarda-redes e o médio, respetivamente, reforçam agora a seleção de Luboslav Penev para os jogos com a Croácia e a Noruega.