João Félix foi o elemento designado pelo Atlético Madrid, para falar esta terça-feira aos jornalistas na antevisão ao jogo da segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, frente ao Chelsea.

Ora a presença, geralmente pouco habitual, do português na sala de imprensa provocou naturalmente muita curiosidade aos jornalistas, que lhe fizeram várias perguntas sobre o episódio do festejo do golo ao Villarreal, em que se virou para o banco e mandou calar alguém

«Logo no dia fiz uma publicação a dizer que era para o Lodi, mas vocês gostam de picar e gostam de falar de coisas que não sabem. Por isso cria-se às vezes polémica com nada», referiu.

«Como nasceu essa brincadeira com o Lodi? Começou antes do jogo. Nós damo-nos muito bem e ele estava a picar-me, a dizer que não faço golos a ninguém. Então quando marquei fiz aquilo para ele. A minha relação com o treinador é muito boa, ele tenta ajudar-me sempre, como é normal, e estamos aqui para nos ajudar um ao outro.»

João Félix garante de resto que não tem problemas com ninguém no seio do clube e que se sente muito bem no Wanda Metropolitano. Não só ele, mas também a sua família.

«Eu estou feliz aqui, a minha família está bem, está tudo bem. Como acontece com todos os jogadores, há fases menos boas. Não sei se estou a passar por uma dessas ou não, mas se estiver vai passar de certeza», garantiu, antes de responder a uma pergunta sobre as obrigações defensivas:

«Não me custa nada integrar-me nos momentos defensivos, desde que estava no Benfica que o faça. No Benfica tinha que defender, na Seleção tenho que defender e aqui tenho que defender também.»

Pelo caminho perguntou-se-lhe porque demora tanto a afirmar-se no At. Madrid, apesar do imenso talento que toda a gente lhe reconhece. Será uma questão de falta de intensidade?

«Se me falta intensidade ou não, não sei. O que sei é que sem vontade, o talento não chega. Temos muitos exemplos de jogadores muito talentosos a quem lhes faltou algo para chegar ao top. Eu não quero ser um desses, por isso tento colocar o talento e a vontade em campo ao mesmo tempo», frisou.

«Se este pode ser o meu momento? O momento tem que ser todos os jogos, somos conhecidos por ser um grupo muito forte, não apenas individualmente, mas sobretudo por sermos incríveis coletivamente. Terá de ser assim que vamos entrar amanhã, e em todos os jogos.»