O primeiro-ministro afirmou esperar que a lei seja cumprida relativamente às escutas telefónicas, mas não se mostrou preocupado com as declarações do Procurador-Geral da República sobre um alegado exagero no recurso a este meio excepcional de prova, informa a agência Lusa.

À margem da apresentação do balanço do Plano Nacional de Leitura, em Lisboa, José Sócrates foi instado a comentar as recentes declarações do Procurador-Geral da República (PGR), Pinto Monteiro, sobre as escutas telefónicas em Portugal.

Declarando não ter comentários a fazer sobre o assunto, o primeiro-ministro disse apenas que «o Governo deseja que a lei seja cumprida» e acrescentou que «o ministro [da Justiça] já disse que estava disponível para ir à Assembleia da República prestar todos os esclarecimentos necessários». Questionado sobre se vê o caso com preocupação, o primeiro-ministro respondeu que «não».