Luís Aguiar
Voltou a provar que não sabe jogar mal, mesmo quando não faz uma partida brilhante. É repetitivo dizê-lo, mas o maestro de Braga está um senhor jogador. Mais descaído para a esquerda do que o habitual, raramente falha passes, ocupa muito bem os espaços, põe a bola onde quer e como quer. Ofereceu o golo a Paulo César, Alan e Rentería, que não facturaram por diversos motivos. Aos 34 minutos isolou o colombiano no lance que deu grande penalidade. Com toda a tranquilidade do mundo bateu a bola para golo, sem qualquer hipótese para Marcos e foi festejar com os adeptos. Saiu aos 75 minutos sob aplausos e cântico personalizado.
Alan
Tenta, cheira e procura, mas o golo não quer nada com ele. Dos jogadores mais activos numa partida sem grande emoção, o médio ala correu quilómetros e tudo fez para sair (mais) feliz de campo. Carregou muito jogo pela direita, serviu os companheiros de todas as formas e feitios, acertou imensos cruzamentos e não desistiu nunca de furar as redes. Podia ter feito o 2-1 logo no reatamento, mas Marcos não lhe permitiu festejar.
César Peixoto
O homem das bolas paradas está um «número 10» de qualidade. Na esquerda e no centro, fartou-se de distribuir jogo, lançar companheiros e obrigar a equipa a subir rápido e em poucos toques. Tentou a sua chance em dois livres directos, mas em ambos viu o guarda-redes contrário encaixar os remates.
Vandinho
O trinco hoje pareceu médio ofensivo, tal a quantidade de bolas atacantes que distribuiu com qualidade. Estava numa tarde inspirada em que mostrou a todos a boa visão de jogo. Nas suas tarefas habituais, a destreza (re)conhecida: cortes atempados e sem faltas. Duas únicas falhas: uma perdida infantil no meio campo que quase dava o 2-1 ao Marítimo e um passe errado quando lançava o contra-ataque aos 70 minutos.
Djalma
O primeiro fogacho do jogo pertenceu-lhe. Fugiu à defesa bracarense logo no segundo minuto, ultrapassou Eduardo, mas perdeu a bola pela linha de fundo. Conseguiu assustar os minhotos em várias ocasiões, devido à sua inquietude e rapidez. Deu trabalho a toda a defesa e meio-campo adversário. Saiu assobiado pelos adeptos da casa, o que significa alguma coisa para quem não joga num clube rival...
Marcinho
Avisou que estava para regressar em grande e acabou por ser dos mais perigosos em campo. Ainda que sem fazer um jogo de encher o olho, causou calafrios. Esteve no lance do penalty que oferece o empate aos madeirenses, isolou Baba aos 46 minutos e fez, provavelmente, a melhor jogada da tarde aos 55 minutos, quando furou toda a defensiva do Sp. Braga para rematar forte, ligeiramente por cima.
Bruno
Comandou o meio-campo maritimista na defesa e no ataque. Mais recuado do que habitual para fazer face à supremacia minhota no centro do terreno, foi o homem do golo. Frio na marcação do penalty que permitiu aos insulares levarem um ponto para casa, batendo Eduardo após um bailinho.