No início da temporada, o jogo entre o Sp. Braga e o Sevilha, de apuramento para a Liga dos Campeões, teve uma audiência média de um milhão e 400 mil espectadores. Coisa de clube grande.

O jogo foi bom, intenso, mas isso não explica tudo. Depois de uma época a praticar bom futebol e a desafiar os grandes, o Sp. Braga entrava como equipa admirável e clube inteligente. Bom futebol, boa gestão. A audiência televisiva significava, no fundo, que havia muito português disponível para acompanhar o Sp. Braga e, quem sabe, «sofrer» pelo emblema de Domingos Paciência.

Depois disso, o Sp. Braga tem tido problemas na Liga dos Campeões, está apenas em 10º na Liga e na Taça de Portugal enfrentará um duro desafio na Luz, com o Benfica.

Tudo isto, apesar de ser muito, seria pouco para destruir o capital ganho na última época. O que está, do meu ponto de ista, a retirar brilho aos bracarenses são as declarações infelizes como as de Domingos Paciência e António Salvador, após a derrota em Guimarães.

Como o próprio Sp. Braga provou, este triste futebol português tem, apesar de tudo, lugar para quem souber comportar-se, for rigoroso a gerir e interessado em respeitar o jogo. Durante meses achei que Domingos conseguiria, com equilíbrio, levar a equipa a ocupar o espaço dispoível e assim manter o presidente calado. Parece que afinal não é possível. Lamentavelmente, também o treinador está a perder o equilíbrio.