Luciano Spalletti não hesita em elevar a fasquia, para a visita à Luz. O Zenit defronta o Benfica com a perspetiva de garantir uma presença inédita nos quartos de final da Liga dos Campeões, e o técnico assume a elevada relevância do jogo, mesmo desvalorizando a vantagem conquistada em São Petersburgo.

«Só pensamos em colocar em campo toda a nossa qualidade. Não é uma questão de favoritismo. São jogos de nível elevado. Não nos podemos dar ao luxo de contar com a vantagem. Tudo faremos para passar. É o jogo mais importante da história do Zenit», disse o técnico italiano, em conferência de imprensa.

Confrontado com uma eventual receção hostil a Bruno Alves, por causa do lance que provocou a lesão de Rodrigo, Spalletti assumiu algum desagrado perante a polémica: «O Bruno está bem. Não percebo a pergunta, pois não sei a que se referem.»

O técnico italiano falou ainda do clássico da passada sexta-feira, que seguiu com atenção, mas não quis estabelecer comparações entre o Benfica e o F.C. Porto, equipa que eliminou na fase de grupos. «São dois clubes com muita história, e duas equipas bem organizadas. Não fizemos um grande jogo com o Porto, mas merecemos a qualificação. Estou certo que faremos melhor do que no Dragão, mas não se pode comparar os dois jogos», afirmou.

Spalletti foi ainda desafiado a escolher um jogador de Benfica ou F.C. Porto, que gostasse de levar para a Rússia, mas encontrou uma saída diplomática. «Já o tenho comigo», respondeu, apontando para Danny, sentado a seu lado.

As más recordações de Malafeev

Na conferência de imprensa esteve também Malafeev, que desvalorizou os quatro jogos do Benfica sem ganhar. «Penso que vai recuperar. Vai ser um jogo bastante difícil», disse o guarda-redes, que no domingo comemorou o 33º aniversário.

O internacional russo não quis destacar nenhum jogador da equipa portuguesa. «Pode virar-se contra mim», respondeu, já depois de ter sido confrontado com as más recordações de Lisboa, ao serviço da seleção russa (derrotado no Euro2004, na Luz, e goleado poucos meses depois, em Alvalade). «Faz parte do passado. Agora estamos perante outra situação», respondeu.