No dia em que o Relatório e Contas da época 2022/23 foi aprovado pelos acionistas, o Inter divulgou os detalhes do exercício, nos quais confirmou que o Sporting recorreu para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS, com sede na Suíça) após a recusa do Tribunal do Futebol da FIFA relativamente à queixa dos leões pela ida de João Mário para o Benfica logo após ter rescindido com o Inter de Milão.

Os leões, recorde-se, avançaram para a FIFA em 2022 com um pedido de indemnização de 30 milhões de euros, ao abrigo da cláusula estabelecida quando o agora jogador dos encarnados foi vendido aos italianos em 2016 e que obrigava o Inter ao pagamento desse valor caso fosse transferido para um clube português. A 12 de julho João Mário acabou por rescindir pelo Inter, tendo sido oficializado como jogador do Benfica no dia seguinte na condição de jogador livre.

Nas alegações apresentadas, os leões acusaram o Inter de ter agido de má-fé para contornar o acordo estabelecido e consideraram também haver relação entre a ida de João Mário para o Benfica e a transferência de Valentino Lazaro, por empréstimo, também para os encarnados nesse defeso. A FIFA aceitou os argumentos do Inter, que negou qualquer ligação entre os dois negócios.

A 29 de junho de 2023, a Câmara de Estatuto do Jogador da FIFA recusou a queixa do Sporting, tendo a SAD leonina a possibilidade de recorrer junto do Tribunal Arbitral do Desporto. O que, confirma agora o Inter no Relatório e Contas, aconteceu.

Recorde-se que em julho de 2022, altura em que também seguiu, pouco depois, a queixa para a FIFA, o Sporting deu entrada no Tribunal do Trabalho com uma ação na qual exigia igualmente 30 milhões de euros, mas a João Mário.