Rui Borges, treinador do Moreirense, em declarações aos jornalistas após o jogo com o Sporting no Estádio José Alvalade (jornada 5 da Liga 2023/24):

[Análise ao jogo e se ficou surpreendido por Paulinho ter começado o jogo no banco]

«Não me surpreendeu a ausência do Paulinho, até pelo discurso do Ruben na antevisão. Estávamos preparados para uma ou outra mudança.

Vitória justa do Sporting. Entrámos bem no jogo, mas depois não conseguimos. Tínhamos montada uma estratégia para sermos coesos e mais à frente no campo, mas não conseguimos.

Num ou noutro momento conseguimos ter bola, mas não conseguimos ser muito objetivos nas transições e até ao fim da primeira parte foi um adiar. Na segunda parte, eles marcaram o golo no início e caímos animicamente.

Fomos vencidos e de forma justíssima.»

[Já jogou contra Sp. Braga, FC Porto e Sporting. E, agora, daqui para a frente?]

«Traz mais responsabilidade. Eu digo que agora vamos começar a jogar com as equipas do nosso campeonato. Sobe a responsabilidade e a pressão, mas temos de saber viver com ela.»

[Como se prepara uma dupla de centrais para um jogador como Gyökeres?]

«É um belíssimo jogador. Sabíamos que nos ia causar dificuldades na parte física e no ataque à profundidade. Acho que na primeira parte fomos conseguindo anular. Mas a partir do momento em que levamos dois amarelos, o Marcelo e o Maracás, ficámos expostos. Mas, apesar de ser um grande avançado, na primeira parte, dentro do que queríamos, olhámos para o adversário como olhamos para outro qualquer.

Disse na antevisão que ia ser o jogo mais difícil que íamos ter até então. Por ser fora de casa, um ambiente difícil… Os centrais fizeram um belíssimo jogo até serem amarelados.»

[O Sporting foi realmente o adversário mais difícil? Mas foi ser em Alvalade ou é por ser mesmo mais difícil do que o FC Porto e o Sp. Braga?]

«Não é mais difícil do que esses adversários. Nem do que o Famalicão e o Chaves. É mesmo por ser uma equipa grande e por jogarmos fora de casa. O Braga e o Porto defrontámos no nosso campo e com os nossos adeptos. É totalmente diferente. Aqui, jogar fora contra uma equipa que está positiva e com os adeptos. Disse na antevisão que se sente que os adeptos estão ligados com a equipa do Sporting, com os jogadores. Parecia-me o ano em que o Sporting foi campeão. Casa cheia é difícil e eu disse que ia ser difícil.

Ainda não tínhamos estado perante estes ambientes. Fomos conseguindo lidar, adiar, mas não conseguimos ser o Moreirense que fomos nos outros jogos. Mais por mérito do Sporting, pela sua qualidade, que tem muita, e porque nos condicionou no momento defensivo e ofensivo.»