Quando Rúben Amorim chegou ao Sporting, os leões ocupavam o quarto lugar do campeonato e estavam a 20 pontos do líder FC Porto e a 19 do Benfica.

A queda do rival lisboeta tem sido acentuada e, se vencer o Belenenses esta sexta-feira na 28.ª jornada da Liga, o clube de Alvalade coloca-se a 12 pontos dos encarnados a seis rondas do fim da competição e ainda com um dérbi por realizar-se.

Será que Rúben Amorim tem os olhos postos no segundo lugar? «Há que ver dos dois lados: penso em manter a nossa posição e em melhorar, mas também penso que se perdermos o nosso jogo e o Sp. Braga ganhar, perdemos o terceiro lugar. O foco é sempre em vencer o nosso jogo, isso é o mais importante: não penso no segundo, no quarto ou no primeiro. Penso é em vencer o Belenenses e em ir jogo a jogo. E neste projeto, com tanta juventude neste momento, o único foco é o próximo jogo. Os jogadores não têm de se preocupar com outro», apontou.

Até ao fim do campeonato, o Sporting visita não apenas o Estádio da Luz, como também o Estádio do Dragão. E mesmo que não alcance venha a alcançar melhor do que o terceiro posto que ocupa atualmente, pode ser decisivo na atribuição do título. Rúben Amorim optou por antecipar esse cenário e alinhou pela lógica de racionínio da resposta anterior. «Temos muito a fazer e muito por onde crescer. Temos de finalizar bem uma temporada. Ao contrário do que se diz, o lugar europeu não está certo. Ao contrário do que se diz, estamos mais perto de perder esse lugar do que de atingir o segundo.»

O treinador do leões foi questionado ainda sobre a volatilidade do treinador, numa altura em que Bruno Lage vive tempos difíceis no Benfica e tem o lugar em risco depois de ter batido recordes durante o primeiro ano à frente das águias. Amorim ainda está por conhecer o sabor da derrota no principal escalão do futebol português, mas não deixou de ser questionado sobre se sente que os técnicos são mais escrutinados pelos desaires do que pelas vitórias. «O que eu vejo é que todos o treinadores vivem de resultados. Todos vão passar por bons e maus momentos. Não é se: é quando vão passar.»

E concluiu: «Sei que um dia a equipa técnica irá perder. O meu trabalho é evitar, preparar-me para quando isso acontecer, mas tentar evitar. O meu pensamento é: ‘Sei que vai acontecer um dia, mas ainda não será esta semana’.»