O Sporting vai iniciar a segunda volta da Liga no primeiro lugar com 43 pontos, mais 11 do que os que tinha há precisamente um ano nesta fase da competição.

Uma diferença substancial e que Ruben Amorim não atribuiu apenas aos dois jogadores contratados e que se afirmaram imediatamente como titulares: Morten Hjulmand e Viktor Gyökeres.

«Os primeiros três jogos tiveram muita importância e o primeiro jogo com o Vizela [esta época] ganhámos ao 98 minutos. E acho que isso tem muita influência no desenrolar dos campeonatos. Nos momentos chave tivemos alguma sorte, não andámos a correr atrás e isso deu-nos tranquilidade. Os dois jogadores de que falou vieram dar coisas à equipa que ela se calhar não tinha. Tudo junto, enquadrou-se tudo bem», apontou.

«Obviamente que aprendemos com os erros e fizemos tudo melhor», observou ainda o treinador do Sporting, que deixou um aviso: «Estamos a meio e no fim do campeonato é que interessa.»

Ruben Amorim fazia a antevisão ao jogo com o Vizela, que marca o arranque da segunda volta da Liga.

A equipa minhota está no penúltimo lugar da Liga e vem de uma derrota pesada (4-1) em casa com o Boavista. E isso levou o técnico dos leões a lançar um alerta. «Acima de tudo, o que transmitimos aos jogadores foi que o último resultado é muito enganador. Uma equipa que faz 33 remates, que tem mais posse de bola do que os adversários… quanto a mim tem uma excelente ideia. Foi surpreendente um treinador chegar e em tão pouco tempo meter uma equipa a jogar em posse e com tranquilidade. Às vezes com o guarda-redes quase no meio-campo e depois há o risco de sofrer golos como o que sofreu no último jogo.»

«Acho que é uma equipa que tem um excelente treinador e jogadores como o Samu e o Nascimento entre linhas e o Essende é muito forte na profundidade. Diria que fiquei bastante surpreendido e o foco foi mostrar aos jogadores com imagens que nem sempre o resultado conta a história toda. Jogo difícil. Temos de pensar que as condições de Chaves poderão ser iguais. Temos de ter o mesmo espírito para nos adaptarmos às condições e ganharmos o jogo», acrescentou, perspetivando um jogo difícil e, também, uma segunda volta «ainda mais difícil do que a primeira».

Pela terceira jornada seguida, o Sporting entra em campo antes do rival Benfica, vice-líder do campeonato. Mais pressão? Menos pressão? Para Amorim, é sempre igual quando se joga primeiro. «Estamos mais confortáveis quando só temos de ganhar o nosso jogo. Não estamos à espera de nada. Depende: quando jogamos depois, o adversário pode perder pontos e dar-nos mais motivação para ganhar, pode não perder pontos e dar-nos mais pressão. Dá-nos a pressão de não saber o que se vai passar, ter de ganhar e, quando se ganha, ficar à espera tranquilamente», vincou.