Paulo Sousa, seleccionador dos sub-16, aposta forte em Alexander Zahavi, médio-ala do Barcelona, para a constituição de uma equipa ganhadora para o futuro. Depois de uma primeira experiência em Setembro, em que o jovem se apresentou limitado, o técnico voltou a chamar o «catalão» para o estágio que está a decorrer até esta quarta-feira.
«É um jogador que joga na ala, com grande combatividade, boa qualidade no um-contra-um. Parece-me a mim, dentro do seu quadro competitivo, daquilo que conheço do futebol espanhol, que tem grande espaço para evoluir e crescer. O que esperamos é que a evolução destes jogadores, neste caso do Alexander, seja grande, de maneira a estruturarmos uma equipa competitiva e ganhadora», começou por destacar no decorrer da concentração dos sub-16 que decorreu esta terça-feira no Estádio Nacional.
Alexander nunca foi observado em Barcelona por técnicos da Selecção Nacional, mas as referências que chegaram à federação foram decisivas para a sua primeira chamada. «No caso dos jogadores estrangeiros, são os próprios jogadores, ou os seus empresários, directores ou mesmos os pais que vão dando referências à federação. Referências sobre o currículo desportivo, quanto aos jogos que disputou, onde é que jogou, etc... Nós, os sub-16, somos o primeiro patamar de observação. Nestes casos, a primeira convocatória é paga por eles (jogadores), para uma observação cá, depois se houver continuidade, entram no processo normal», explicou o antigo internacional.
Alexander Zahavi é sobrinho-neto de Pina Zahavi, um dos mais bem sucedidos empresários da FIFA, envolvido em algumas das mais sonantes transferências do futebol europeu, mas Paulo Sousa garante que esse facto não teve qualquer influência na chamada do jovem extremo. «Não, aqui não há influências. A única influência que ele possa vir a ter é ser melhor do que os outros, mais nenhuma», destacou.
Alexander começou a jogar à bola no Hapoel Haifa, em Israel, passou pelo Benfica, Arsenal e agora está no Barcelona. Joga no lado direito do ataque e tem como ídolos Cristiano Ronaldo, Ronaldinho e Luís Figo, a sua principal referência.
«Ganhei muita experiência com a passagem por todos estes clubes, foram experiências diferentes, tipos de futebol diferente, mas ainda tenho muito caminho pela frente, tenho só quinze anos e tenho de trabalhar muito», destacou antes de referir a sua máxima ambição. «A minha ambição é chegar a ser futebolista profissional, o clube não me importa, tenho é que chegar lá primeiro, isso é o mais importante. O que quero mesmo é chegar a vestir aquela camisola de Portugal», contou sorridente.