Um erro a abrir, outro a fechar. Eis a explicação para a primeira derrota de Oceano como seleccionador dos sub-21 nacionais. Portugal perdeu na Grécia, que continua a fazer das suas quando tem as cores portuguesas pela frente. A selecção jogou pouco no primeiro tempo, mas justificou o ponto no segundo tempo, que dominou e no qual chegou à igualdade. Só que os jogos duram 90 minutos e, mais uma vez, uma cabeçada grega, a lembrar uma final que nenhum adepto português gosta de recordar, deu a vitória aos helénicos.
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Portugal entrou a perder. Aos três minutos, um erro de Ruben Lima deixou Koutsianikoulis com oportunidade de fazer o golo. Miguel Vítor não conseguiu dobrar o lateral e o camisola sete fez o 1-0. Havia pouco para dizer até então, mas os minutos seguintes confirmaram que o resultado se justificava. A Grécia entrou muito melhor no encontro e estaria por cima em toda a primeira parte.
Portugal não conseguia construir jogadas ofensivas. Os maus passes sucediam-se, por causa da pressão helénica e do jogo físico dos gregos. Nem de bola parada a selecção nacional conseguia incomodar o guarda-redes contrário. Por outro lado, Ventura via Dimoutsos atirar ao poste e apanhou novo susto quando Giannis Papadopoulos lhe apareceu pela frente. O grego atirou para fora. Pelo meio, uma agressão que passou em claro, de Dimoutsos a Daniel Carriço. Os jogadores iam para o descanso revoltados: com o juiz do encontro, por causa dessa decisão (mostrou cartão amarelo), e com eles próprios, certamente, pela imagem que transmitiam.
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O segundo tempo trouxe um Portugal renovado. Oceano lançou Rui Pedro para organizar jogo e a selecção tirou dividendos. Os gregos deixaram de importunar a defesa lusa, o possante ponta-de-lança Mitroglou não fazia mossa e Portugal começava a definir melhor os lances de ataque, uma vez que conseguia estar menos pressionado.
Ainda assim, a equipa não traduzia em ocasiões de golo esse domínio, que era mais territorial e de posse de bola, do que propriamente um sufoco ao conjunto da casa. Daí que o técnico português mexeu de novo. Saía Candeias e entrava João Aurélio, com o homem do Nacional, de seguida, a passar para a lateral-esquerda, uma vez que Yazalde ia dar força ao ataque luso.
Oceano arriscou tudo e bem: Portugal chegou ao empate numa bola parada. Já tinha justificado o empate e, por isso, a festa foi enorme, soube a sentença apropriada, quando Miguel Vítor aproveitou um ressalto, após canto, para fazer o 1-1.
Só que, do outro lado, estava a Grécia. E o que está em causa, é um Europeu, a presença na prova. Ora, tudo isto conjugado com um erro defensivo, deu numa cabeçada de Kyriakos Papadopoulos que só parou no fundo das redes de Ventura. Sem o justificar ou merecer, os helénicos somaram três pontos, continuam em primeiro lugar no Grupo 9, com mais sete pontos e dois jogos que Portugal.