Agostinho Oliveira mantém o discurso. Queria uma equipa difícil no «play-off» de apuramento para o Europeu 2006, mas saiu a Suíça. O treinador nacional dos sub-21 lamenta que tenha saído uma equipa mais fechada, mas lembra que o facto de Portugal jogar primeiro na Suíça pode ajudar a mudar as coisas.
«Sinceramente tenho de prestar coerência ao meu discurso anterior. Queria, de facto, uma equipa que se batesse de igual, que tivesse a iniciativa de jogo», lembrou o treinador ao Maisfutebol, ao telefone desde a Suíça. «Esta equipa que nos saiu defende, defende, e não sai tanto para o ataque», apontou. «A Suíça é forte, dura, não é fácil de ultrapassar. Teremos de fazer face a um grande poder físico», referiu.
Agostinho Oliveira lembra, no entanto, que o facto de a primeira-mão ser disputada na Suíça pode alterar algumas coisas. «Ele jogam primeiro em casa, por isso, vão ter de fazer alguma coisa para ganhar vantagem. Essa é uma situação que pode ajudar a desbloquear o sistema de jogo deles. Terão de tomar a iniciativa de jogo», avisou.
«A nossa auto-estima subiu»
O treinador nacional admite que a moral dos jovens jogadores está agora mais elevada depois das dez vitórias em dez jogos. «É claro que a nossa auto-estima subiu. Mas temos de ver que isso é história. Não serve para vencermos jogos. Temos de trabalhar, vestir o fato-macaco, e depois tentar colocar em campo a nossa mais valia técnica para podermos superar esta equipa.»
Agostinho acompanhou na Suíça o sorteio para o «play-off» de apuramento para o Europeu, mas reconheceu ainda não ter olhado para a actual formação dos suíços. «Sinceramente ainda não fiz isso. Com tantos anos conheço o modelo e o sistema que têm sido utilizados pela formação, mas há necessidade de um estudo mais aprofundado», lembrou o treinador.