A Superliga arrancou, mais uma vez, sob o signo do futebol-samba, com 117 jogadores de origem brasileira, que representam mais de um quarto dos 463 jogadores inscritos. Surpreendentemente, a França, com nove jogadores, apresenta-se como o segundo país mais representado entre os 33 países que contam com «embaixadores» na Liga portuguesa.
Os jogadores portugueses, 274, uma média de quinze por clube, não chegam aos sessenta por cento do total de jogadores, enquanto os brasileiros continuam a ser, de longe, a comunidade mais bem representada no principal escalão do futebol português, com 117 jogadores, mais dez do que a época passada. Não há um único clube da Superliga que não conte, pelo menos, com três brasileiros no seu plantel.
O Nacional da Madeira, apesar de se ter libertado de cinco brasileiros, entre os quais se destacam Rossato e Paulo Assunção, que rumaram para o F.C. Porto, contratou mais seis que lhe permitem manter o «sotaque» mais cerrado da Superliga com um total de catorze brasileiros contra apenas nove portugueses. O vizinho Marítimo aproximou-se dos números do rival, mas mantém uma maioria portuguesa de 15 para 11.
Se aos brasileiros se juntarem argentinos (4), chilenos (4), uruguaios (2) e paraguaios (1), a comunidade sul-americana na Superliga eleva-se para 128, contra apenas 34 europeus e 25 africanos.
Entre os europeus, os franceses são os mais bem representados com um total de nove jogadores: Yannick (Benfica), Dos Santos (Benfica), Baha (Sp. Braga), Quievreux (U. Leiria), Gregory (Gil Vicente), Tixier (Académica), Palatsi (França), Fellahi (Estoril) e Cissé (Estoril).
O Nacional é o clube com mais estrangeiros no seu plantel, numa proporção de 17 para apenas nove portugueses, mas há ainda mais três clubes onde os estrangeiros estão em maioria. São os casos do Beira-Mar (13/10), Estoril (13/11) e Benfica (13/12). O caso mais singular é o do Beira-Mar que conta no seu plantel com jogadores oriundos de dez países diferentes (Brasil, Austrália, Eslováquia, Paraguai, Inglaterra, Argentina, Guiné, Uruguai, Nigéria e Escócia).
No plano inverso, o Moreirense destaca-se como o clube mais português da Superliga, com um total de vinte jogadores nacionais contra apenas quatro estrangeiros. Seguem-se o Gil Vicente (20/7), V. Setúbal (19/8), Penafiel (18/7) e F.C. Porto (17/9).
As nacionalidades da Superliga por clube:
F.C. PORTO
Portugal: 17
Brasil: 7
Grécia: 1
África do Sul: 1
BENFICA
Portugal: 12
Brasil: 6
França: 2
Grécia: 1
Eslovénia: 1
Croácia: 1
Angola: 1
Noruega: 1
SPORTING
Portugal: 16
Brasil: 5
Nigéria: 1
Moçambique: 1
Chile: 2
Roménia: 1
Camarões: 1
NACIONAL
Portugal: 9
Brasil: 14
Espanha: 1
Argentina: 2
SP. BRAGA
Portugal: 16
Brasil: 8
Uruguai: 1
Francês: 1
MARÍTIMO
Portugal: 15
Brasil: 11
Holanda: 1
RIO AVE
Portugal: 16
Brasil: 8
Espanha: 1
Angola: 1
Holanda: 1
Nigéria: 1
BOAVISTA
Portugal: 16
Brasil: 4
Senegal: 2
Camarões: 1
Cabo-Verde: 2
Espanha: 1
Chile: 1
MOREIRENSE
Portugal: 20
Brasil: 3
Cabo-Verde: 1
U. LEIRIA
Portugal: 17
Brasil: 5
França: 1
Angola: 1
Croácia: 1
Senegal: 1
BEIRA-MAR
Portugal: 10
Brasil: 3
Austrália: 1
Eslováquia: 1
Paraguai: 1
Inglaterra: 1
Argentina: 2
Guiné: 1
Uruguai: 1
Nigéria: 1
Escócia: 1
GIL VICENTE
Portugal: 20
Brasil: 6
França: 1
V. GUIMARÃES
Portugal: 13
Brasil: 5
Alemanha: 1
França: 1
Hungria: 1
Chile: 1
ACADÉMICA
Portugal: 14
Brasil: 8
Espanha: 1
França: 1
Moçambique: 1
Camarões: 1
BELENENSES
Portugal: 15
Brasil: 5
Angola: 1
Suíça: 1
Suécia: 1
Gabão: 1
Cabo-Verde: 1
ESTORIL
Portugal: 11
Brasil: 6
França: 2
Camarões: 1
Sérvia-Montenegro: 1
Senegal: 1
Espanha: 1
Marrocos: 1
V. SETÚBAL
Portugal: 19
Brasil: 8
Camarões: 1
PENAFIEL
Portugal: 18
Brasil: 5
Sérvia-Montenegro: 1
Áustria: 1
Total: 463