Os árbitros da Liga portuguesa estão esta época a receber apoio psicológico para lidar melhor com a pressão. E admitem a introdução de meios técnicos para ajudar nas decisões. «Estamos de acordo com tudo o que seja para melhorar o jogo», garantiu Luís Guilherme, presidente da Comissão de Arbitragem da Liga, depois de uma acção de formação de juízes realizada em Leiria.
O trabalho psicológico junto dos árbitros pretende «aumentar o poder de concentração e a atenção dos árbitros em determinadas situações». «É cada vez mais importante os árbitros poderem conviver melhor com a pressão e importa qye encontrem mecanismos para isso», defendeu o responsável pela arbitragem, citado pela Lusa, considerando que o trabalho realizado já está a dar resultados: «Há exemplos de melhorias assinaláveis em alguns árbitros».
O dirigente defende que a pressão sobre as arbitragens esta época não é superior a temporadas anteriores, mas diz que há mais reclamações, o que atribui ao maior equilíbrio dos campeonatos: «Tanto a Superliga como a Liga de Honra estão mais equilibradas e, porque as equipas estão mais juntas, tendem a reclamar mais vezes, umas com razão, outras sem.»
Quanto aos meios técnicos, Luís Guilherme defende «um equílibrio entre a componente humana e a tecnológica», com uma conclusão em jeito de exemplo: «Já se interrogaram sobre o que Olegário Benquerença passou na semana após o Benfica-F.C. Porto? Qual é o árbitro que não deseja acertar em todos os lances capitais? Por isso é que os árbitros estão disponíveis para as alterações que ajudem a melhorar a sua prestação no jogo.»