A FIGURA
Oblak:
mais uma grande demonstração de qualidade desde guarda-redes muito jovem, mas já muito seguro nas qualidades que demonstra. Enorme no sacrifício, na coragem, na técnica, na capacidade. Sem medo a sair. Mãos de ferro, boa leitura dos lances, interpretação correta do momento de sair dos postes e tirar possibilidade de resposta aos avançados contrários. Gigante, até na fase das grandes penalidades!   

POSITIVO

Ruben Amorim:
Um jogo cheio, intenso, coletivo. Cortou, construiu, soube ler o que era preciso em cada altura da batalha. Um médio de contenção quando foi preciso e a participar em jogadas de construção (não foram muitas). 

Markovic: O Benfica começava a dar sinais de esgotamento ofensivo: Lima saiu cedo como «vítima» tática da compensação defensiva após a expulsão de Steven Vitória; Cardozo não mostrava ter unhas para assumir sozinho as despesas do ataque. Jesus detetou a falha, lançou Markovic, ainda havia 25 minutos de jogo efetivo a disputar. Rapidamente se percebeu que o jovem sérvio iria dar um novo élan à construção de jogo ofensivo do Benfica. A assistência para Cavaleiro, poucos minutos depois de entrar em campo, foi isso a melhor prova.

Ivan Cavaleiro: Presença no onze de algum modo esperada, na lógica de gerir a artilharia para Turim. O jovem extremo encarnado deu conta do recado, esteve bem no apoio defensivo, mostrou boa movimentação. Quando Markovic rendeu Cardozo, passou a poder mover-se noutras zonas e chegou a aparecer com perigo na área portista.

Garay:
Deu muito mais segurança à defesa do Benfica do que a que tinha com Steven. O argentino fez cortes providenciais, sobretudo o que, aos 86, tirou a Jackson o ensejo de fuzilar, na área, para o 1-0.

André Gomes:
Não teve a intensidade demonstrada na partida da segunda mão da meia-final da Taça de Portugal (a tal em que assinou golo fantástico e decisivo), mas voltou a revelar qualidade. Num Benfica pouco dado a dominar e a criar, em modo gestão e muito puxado para trás após a expulsão de Steven Vitória, André Gomes foi dos poucos a mostrar criação, a dar consistência, a querer construir. Falhou, na primeira parte, em duas situações em que permitiu que o FC Porto construísse jogadas de perigo, mas foi corrigindo e esteve bem no segundo tempo.

NEGATIVO

Steven Vitória
: O central, que na época passada assinou época notável no Estoril, teve tarde para esquecer no Dragão. Steven terá sentido na pele o facto de ter poucos minutos de utilização durante a temporada e logo nos primeiro minutos acusou lentidão de processos e reações em qur havia que resolver rápido. Jardel, companheiro no eixo, foi forçado a trabalho extra, ainda acudiu a alguns fogos, mas a fragilidade estava identificada. Varela, flecha do ataque portista no primeiro tempo, aproveitou a carência e fez gato-sapato da zona de intervenção do número três benfiquista. Os sinais de impaciência e inquietação foram aumentando por parte do jovem central. No lance da expulsão, derruba Jackson em momento em que o colombiano iria isolar-se: vermelho direto bem mostrado. O Benfica passou a jogar com dez, mas com Garay a defesa benfiquista parecia mais composta.

Cardozo:
Começa a ser tema-fétiche quando se fala do Benfica e das suas respetivas opções ofensivas. Jesus poupou Rodrigo, optou por não poupar Lima no onze, mas acabou por fazê-lo à primeira oportunidade, quando Steven Vitória foi expulso e havia que repor a defesa com a entrada de Garay. Foi ficando Cardozo, regressado ao onze nesta fase de gestão final, depois de época em que claramente perdeu o comboio para os colegas brasileiros do ataque. Não será justo afirmar que Cardozo «foi menos um» em campo, mas o facto é que o paraguaio não só não criou perigo como não foi capaz de compensar a clara inferioridade numérica benfiquista na zona ofensiva, a partir do momento em que as águias passaram a jogar com menos um. Desta vez, Jesus reconheceu isso e acabou por tirar o Tacuara, metendo Markovic, a meio da segunda parte.