«É estranho ter havido uma desvalorização na sua trajectória, mesmo tendo havido o cumprimento de todos os objectivos propostos para esse ano», disse o responsável na apresentação dos resultados anuais da tecnológica.
«Esperemos que o título em bolsa reflicta os activos reais», acrescentou Pedro Rebelo Pinto, sublinhando que, ainda assim, «a última palavra é sempre dos accionistas».
Na sequência dos resultados apresentados esta quarta-feira, que apontam para um aumento nos lucros até aos 1,6 milhões de euros, as acções da ParaRede fecharam a escalar 13,33% para os 0,17 euros.
De acordo com as contas da empresa, a 31 de Dezembro de 2007, a capitalização bolsista do título da ParaRede ascendia a 65 milhões de euros (0,15 euros x 439,2 milhões de acções), menos 24% do que no período homólogo em que o título se cotava a 0,23 euros por acção.
«A credibilidade ganha-se ao longo do tempo», disse ainda o CEO da empresa, acrescentando que o negócio apresenta resultados positivos «há oito trimestres positivos».
Sector deve crescer até 5% em 2008
Sobre o início de 2008, a administração da ParaRede está atenta ao clima de «imprevisibilidade» e aos possíveis impactos na Europa da crise norte-americana do «subprime». Por isso mesmo, as expectativas de crescimento são moderadas para o sector de tecnologia, levando Pedro Rebelo Pinto a citar os números de peritos internacionais que apontam para um tecto máximo de 5%.
«As nossas perspectivas são realistas: apesar da crise nos Estados Unidos, não estamos a acreditar numa catástrofe e numa recessão em Portugal», garantiu o CEO da ParaRede.
«Os nossos serviços são essenciais para as empresas funcionarem, por isso a nossa estratégia mantém-se», acrescentou.
A ParaRede conta reforçar parcerias em 2008, mais do que dobrar os níveis de crescimento da sua actividade em Angola e relançar a área «ParaRede IT Consulting»-não estando colocada de parte a possibilidade de uma autonomização.
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