«Não são necessários e deveriam ser proibidos pelas autoridades do ténis»: é assim que Martina Navratilova, a ex-tenista norte-americana, classifica os «gritos» de algumas jogadoras, considerando-os um factor de distracção para as adversárias.
Maria Sharapova, a tenista russa que venceu recentemente o Open da Austrália, e Mónica Seles, a ex-tenista que venceu 9 títulos do Grand Slam, detêm os «gritos» mais famosos da história do ténis e é para elas o recado de Navratilova.
Para uma das melhores jogadoras de ténis de todos os tempos, «os gritos impedem as adversárias de escutarem o golpe na bola», o que, obviamente, as desconcentra e as deixa em desvantagem.
Martina Navratilova efectuou estas declarações em Tóquio, onde no próximo sábado vai defrontar a sua eterna rival Steffi Graf no «Jogo de Sonho». Dois dos maiores ícones do ténis feminino não se encontram desde 1994 e a ex-tenista de origem checoslovaca já sente o peso da responsabilidade. «O público pagou bem para me ver e o que importa não é tanto te ganho ou não, mas sim que jogue bem e isso é que me deixa mais nervosa», declarou Navratilova.
Depois de quase 1.500 partidas ganhas e 54 títulos do Grand Slam, Martina Navratilova abandonou o ténis profissional e dedicou-se às grandes causas como o meio ambiente. Aos 51 anos, uma das grandes lendas do desporto deixa o aviso: «Digo sempre o que penso».