Giovanni Trapattoni quer conquistar um troféu em 2004/05 mas não desvenda se tem preferência. Amanhã, frente ao Anderlecht, os encarnados têm o primeiro jogo importante para a passagem à Liga dos Campeões, mas o técnico italiano reforçou, em conferência de imprensa, que caso a equipa não vença não será uma tragédia. O Benfica vai lutar em quatro frentes e Trapattoni quer chegar em primeiro (pelo menos) numa: «Amanhã vamos finalmente começar a jogar uma decisão muito importante. Temos três ou quatro grandes oportunidades: a Liga; jogar a Liga dos Campeões ou a Taça UEFA; a Taça de Portugal e a Supertaça. Vencer todas é impossível, mas temos de vencer uma dos quatros. Agora vamos a esta...»
A confiança esteve presente no discurso de Trapattoni que um mês após a chegada ao Benfica fez um balanço positivo do trabalho ministrado, num país onde se «trabalha com o coração»: «Acredito que agora talvez possamos jogar 60 minutos a ritmo elevado. A equipa está equilibrada e neste momento os jogadores entendem-me melhor. Irão jogar com mais consciência e teremos equilíbrio no relvado.»
Sem grande planos [pelo menos desvendados], o italiano reforçou que «o futuro é sempre uma boa oportunidade para viver» e é isso que pretende fazer.
Antes das perguntas dos jornalistas, Trapattoni teve um excelente exemplo de gentileza. O treino do Benfica foi à porta fechada e o italiano quis explicar porquê: «Não é má educação desportiva ter um treino à porta fechada. Eu e a equipa quisemos fazer algumas coisas e esclarecer algo que não é motivo para escrever no jornal. É um momento de máxima concentração. Desculpem mas não é por vós, é pela necessidade de estar só. Relembrámos coisas que tínhamos feito no sábado e isso é importante. Exercícios de bola parada que se vocês escrevessem amanhã o Anderlecht sabia tudo. É normal ter um pequeno segredo (risos).»