18 de Setembro de 2004 será certamente um dia que ficará na memória de Jorge Baptista. O guarda-redes do Estoril entrava pela primeira vez no Estádio do Dragão e ao pisar o relvado estava longe de imaginar que faria uma exibição que seria aplaudida de uma forma unânime. No final o marcador registou um 2-2. O Estoril «roubava» dois pontos ao campeão europeu.
Por isso, Jorge Baptista acaba por ser um dos protagonistas da ainda curta história do novo estádio. Um recinto para o qual o guardião só tem elogios: «Acho o estádio magnífico. Para mim é talvez o melhor estádio daqueles que foram feitos para o Euro 2004».
O guarda-redes elogia sobretudo «a arquitectura» do estádio do F.C. Porto: «É um estádio muito bonito e com uma bela arquitectura. Depois, sentimos os adeptos muito perto de nós e eu gosto disso. Penso que para nós, jogadores, é bom sentir o calor do público e os adeptos também se sentem mais envolvidos no espectáculo». «Sente-se mais o próprio jogo e acabamos por nos sentir parte do espectáculo», explica Jorge Baptista, para quem jogar num estádio cheio não é intimidador: «Talvez se sinta algum nervosismo no início, mas à medida que o tempo passa isso desaparece e acaba por se transformar em motivação».
«Jogar no Estádio do Dragão é sempre algo de espectacular. Nesse jogo estariam lá cerca de 30 mil pessoas e isso constitui sempre uma motivação extra, porque não acontece todos os dias», conclui, admitindo que o calor do público até pode servir «de inspiração» para melhores exibições, como sucedeu consigo próprio.