Nuno Assis de finas artes

A noção de artista está lá. Depois de navegar na estrada dos grandes e vestir as camisolas de Sporting e Benfica, Nuno Assis recupera o protagonismo na Cidade Berço. Hoje trocou as voltas aos insulares e teve fiabilidade no passe. Esteve nas principais transições seguras que a equipa fez para o ataque. Difícil de segurar, baralhou os defesas e superou a melhor intensidade do jogo coroada com um golo em que contou com a colaboração de Marcos. Depois do hat-trick em Setúbal, voltou a abanar as redes. Um 10 em crescendo.

Marcos, um iceberg que derreteu

Um frio pegado na baliza. Não congelou as iniciativas de perigo de Fajardo no primeiro golo, ainda que tenha sido traído por um defensor. Pouco estimulante entre os postes e fora deles, quando a equipa procurava reagir à desvantagem. O guarda-redes não deu segurança e classificou-se como um dos piores no domínio da bola, que passaram esta época pelo D. Afonso Henriques. Pelo que não fez em prol do Marítimo mereceu a derrota. O golo de Assis (2-0) confirma o desenredo de uma tarde negra.

Custódio

O meio-campo foi reforçado com o jogador que veio do Dínamo de Moscovo. O camisola 5 apareceu em bom plano e com uma boa relação com Flávio Meireles. Não deixou espaço para qualquer intenção do adversário. Perfeita sintonia com o momento de corte, a filtrar o perigo ameaçador provocado por Taka ou Baba. Fez compensações e trabalhou como nunca no auxílio aos companheiros na linha média. Trouxe união e solidez ao «miolo». Mais apressado do que os outros na leitura do jogo, mostrou que sabe lançar o ataque como poucos.

Fajardo abriu activo com sorte golo

Fajardo fora um jogador importante para elevar a média goleadora que anda por baixo. Em contra-mão com a crise caseira, os adeptos aplaudiram e festejaram o golo do extremo que abriu o activo na primeira parte. É cada vez mais um dos indiscutíveis da formação vitoriana e já leva 3 golos na Liga

Lionn, o sabor dos defesas que atacam



As coisas entraram nos eixos pela simplicidade e aplicação que coloca a defender e atacar. Fez crescer o aborrecimento de Olim e Miguelito e o bom humor pessoal com uma agressividade positiva sobre os opositores. Assistiu Assis para uma «bicicleta», que quase dava um golo do outro Mundo.