O trajecto de Valdir Bigode tem uma nódoa das grandes. Uma mancha indisfarçável, como confessa o antigo avançado do Benfica ao Maisfutebol. «Nunca fui à selecção.»
Mas andou lá perto. Teve o nome em pré-convocatórias, a imprensa exigiu a sua chamada quando era a principal referência do Vasco da Gama, mas a concorrência era arrasadora. Ora atentemos na lista. «Era impossível. Tinha várias barreiras, por mais golos que marcasse. Bebeto, Romário, Edmundo Animal, Ronaldo Fenómeno... as vagas estavam todas preenchidas pelos melhores avançados do planeta.»
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Valdir fez dupla com vários atletas, mas um marcou-o até hoje: Mário Jardel. «Conhecemo-nos nos juniores do Vasco da Gama. Eu era titular e ele era meu suplente, no início. Depois estivemos nos seniores, até ele ser vendido ao Grémio de Porto Alegre.»
Apesar dos vários problemas pessoais de Super-Mário, Valdir sabe da importância que o ex-jogador do F.C. Porto e do Sporting adquiriu em Portugal. «De cabeça era impressionante, mesmo nos juniores. Explodiu no Grémio e fazia três golos a cada dois jogos. Somos amigos até hoje e conheço bem a paixão que ele sente pelo futebol.»
Muito recentemente, Valdir esteve perto de entrar na política brasileira. Filiou-se num partido, foi anunciado como candidato a deputado federal mas... desistiu ainda antes de começar.
«Pensei durante alguns meses, admiti avançar, mas vi coisas feias e mudei de ideias. O meu futuro é no futebol , como treinador.»