Apesar da derrota em Leiria, Vítor Pontes não atira a toalha ao chão e diz que vai continuar a lutar pela permanência do V. Guimarães na Liga:
«Não, não foi um regresso feliz a nível de resultado. Não foi aquilo que esperávamos, apesar de sabermos que ia ser difícil frente a uma equipa tranquila. Apesar da nossa intranquilidade na tabela, esperávamos ter um pouco mais de serenidade, mas não o conseguimos. Tivemos o jogo sempre controlado e nunca fomos muito pressionados pela U. Leiria que, tirando o golo, não conseguiu outros lances de perigo. A ansiedade faz com que lamentemos a falta de eficácia e, atendendo à necessidade de pontos, vivemos sempre na incerteza de o adversário poder fazer golo. Reagimos depois do 1-0, mas às vezes fizemo-lo mais com o coração. Ainda tivemos uma oportunidade, que o Costinha defendeu bem. Não fomos tranquilos, mas, mais uma vez, merecíamos ter conseguido um resultado melhor do que este.
Sobre o futuro: «Faltam quatro jogos. Antes deste já tínhamos dito que só pensamos nos jogos dos adversários se vencermos os nossos. Estarmos a fazer contas sem fazermos o nosso papel não serve para nada. As coisas ficaram mais difíceis e, enquanto líder, tenho de dizer que os quatro jogos são finalíssimas e não deixo de acreditar. Essa mensagem vai ser sempre passada ao grupo de trabalho. Não desistimos, não atiramos a toalha ao chão. Não só pelo clube, mas também pela nossa dignidade como profissionais. Não fujo, não escondo, porque acredito que merecíamos ser mais felizes pelo que temos feito de há uns jogos a esta parte. Temos perdido muitos pontos nos últimos minutos, mas provámos que temos qualidade e temos competência. Estou triste pelo resultado, mas estou confiante no meu trabalho e no dos meus colaboradores e não estou resignado. Vou encarar o futuro com realismo, mas também com esperança»
«Parabéns ao Leiria e obrigado aos 33 autocarros que vieram de Guimarães. Obrigado a estas pessoas pela sua paixão pelo Vitória. Para eles a esperança também e a garantia que o seu treinador não desiste. »
Sobre o regresso a Leiria: «Não falei muito acerca disso, porque sou profissional, mas sou humano e tenho sentimentos. Vivi nesta casa 22 anos, é muito tempo. Fui sempre bem tratado e a forma como fui recebido, com carinho por parte das pessoas que trabalharam comigo, mas o futebol é isto: nos 90 minutos, o carinho e a amizade foram esquecidos, porque estava em defesa de uma causa e a minha causa agora é o Guimarães. As maiores felicidades para o Leiria e para os seus dirigentes, mas também para o Guimarães, e um abraço para as pessoas que me apoiaram».