FIGURA: Fransérgio
Jogo com intensidade máxima de princípio ao fim e para homens de barba rija. Marcha do marcador incrível, incerteza no resultado até ao apito final do árbitro Hugo Miguel. O brasileiro de 25 anos do Marítimo teve coração para aguentar até ao fim e em cima do minuto noventa foi à área do V. Guimarães pôr fim a uma série de três jogos do Marítimo sem vencer, fazendo o quarto golo insular no D. Afonso Henriques. Coroou uma exibição esforçada com um golo importantíssimo para o conjunto da Madeira. Pelo meio ainda evitou um golo feito ao V. Guimarães aos 11 minutos, em que ficam dúvidas sobre se a bola terá ultrapassado por completo a linha de golo.
 
MOMENTO: golo de Fransérgio (90’)
Transição rápida venenosa do Marítimo, mais uma. Tiago Rodrigues conduziu o esférico na esquerda e aproveitou a presença de vários homens do Marítimo no ataque para servir Fransérgio no meio. O médio bateu Miguel Silva com tranquilidade pela quarta vez.
 
NEGATIVO: Valente
Esteve no melhor e no pior. Perdeu a bola que deu origem ao primeiro golo do Marítimo de forma proibida a este nível. Depois, voltou a provar que é letal quando tem oportunidade para finalizar. Mas, a exemplo do golo perdeu várias bolas de forma comprometedora e desperdiçou ainda duas grandes ocasiões para marcar. Depois de uma dessas perdidas Sérgio Conceição ficou à beira de um ataque de nervos e trocou-o por Xande Silva.
 
OUTROS DESTAQUES

Marega
A principal referência do Marítimo e invariavelmente a linha de passe mais procurada pelos insulares. A velocidade do maliano é conhecida, face à vontade por parte do V. Guimarães em pegar no jogo, o encontro ficou ainda mais propenso às suas arrancadas. Foi num desses lances que o Marítimo chegou à primeira vantagem, com Marega a servir Alex Soares. O maliano fez depois o gosto ao pé num lance em que apareceu bem para finalizar.
 
Otávio
Titular pelo segundo golo consecutivo, o médio brasileiro voltou a ser maestro da equipa do V. Guimarães. As contingências do jogo não permitiram que assumisse a batuta de forma inequívoca, mas ainda assim mexeu com o jogo. Assumiu a marcação da grande penalidade e não desperdiçou da marca dos onze metros.
 
Alex Soares
Apareceu bem a finalizar no coração da área para abrir o ativo com enorme frieza; serviu depois Marega no lance que deu o segundo ao conjunto de Ivo Vieira. Teve pouca bola, mas deu-lhe quase sempre o melhor seguimento com processos muito simples.
 
Cafú
Assume cada vez mais protagonismo na equipa do V. Guimarães. É o patrão do meio campo, a extensão do treinador em campo e ao mesmo tempo preponderante como exemplo de crença e de acreditar. Grande golo a reduzir a desvantagem.