FIGURA: Arnold. Um golo que podiam ter sido dois
A sua velocidade permite que explore muitas vezes terrenos centrais para procurar desmarcações nas costas dos defesas. Foi assim que a fechar a primeira parte podia ter ampliado para 2-0, mas acabou por perder-se em fintas sobre o estreante Rafa Soares. Nos primeiros minutos do segundo tempo voltou a desequilibrar pelo centro, introduzindo a bola na baliza da Académica. A equipa de arbitragem considerou (erradamente) que o congolês estava em posição irregular. Não contou aí, contou aos 85 minutos, quando recebeu de Toni Gorupec, e rematou de pé esquerdo para o golo que deu o triunfo à equipa da casa e o seu quinto golo nesta edição da Liga.
 
MOMENTO: golo de Arnold, 85’
O golo da Académica moralizou os estudantes, que pareciam estar no comando das operações e até mais à procura dos três pontos do que o próprio vitória. Até que a cinco minutos do final Arnold desequilibrou a balança e deu primeiro triunfo caseiro ao Vitória em quase quatro meses.

OUTROS DESTAQUES
 
Rúben Semedo: deve ter cumprido esta sexta-feira o último jogo pelo V. Setúbal antes de regressar ao Sporting, clube que o tinha emprestado no início da época aos sadinos. É um central com alguns defeitos, mas sempre disponível para qualquer batalha (é aí que reside a maior parte das suas virtudes e lacunas). Contra a Académica, esteve irrepreensível no plano defensivo. Perto do intervalo fez um corte gigante, evitando que Rafael Lopes empatasse a partida, mantendo-se atento às ações dos adversários nos segundos 45 minutos.

Nuno Pinto: apesar da presença de Ruca, o lado esquerdo do Vitória pertenceu praticamente em exclusivo ao lateral sadino, responsável por alguns cruzamento muito perigosos. Há muito que tem vindo a evidenciar-se pelas boas exibições e, contra a Académica, voltou a manter a toada que o tem caracterizado.

Hassan: na estreia a titular com a camisola do Vitória, marcou um golo ao aproveitar oportunamente uma defesa incompleta de Trigueira. É veloz, aparece bem em zonas de finalização e não para um minuto. Saiu aos 65 minutos numa altura em que aparentava estar já muito desgastado. Pelo que fez, merece nova oportunidade.
 
Nuno Piloto: foi dele o golo que garantiu o empate, quando reagiu bem a um mau atraso de Ruca. Eficaz nas batalhas a meio-campo, onde a Académica se mostrou mais competente numa noite em que, ainda assim, não conseguiu levar a melhor.
 
Gonçalo Paciência: quando o Vitória se adiantou no marcador, o avançado cedido pelo FC Porto já estava a aquecer, o que deixava antever que mais tarde ou mais cedo seria lançado na partida. Acabou por entrar ainda antes do final da primeira parte e ajudou a levar a «briosa» para a frente.