11 bilhetes para o Mundial 2014, quem os agarra?

As 11 vagas que restam no Brasil começam a jogar-se nesta quarta-feira. Dois confrontos intercontinentais lançam a ronda de play-offs que vai prolongar-se até à próxima quarta-feira e incluirá a decisão sobre o futuro de Portugal, frente à Suécia.

Tudo começa na tarde desta quarta-feira com o Jordânia-Uruguai, onde a veterana celeste vai tentar fazer valer o favoritismo, com Maxi Pereira e Fucile nas opções. As dificuldades dos sul-americanos para garantir a qualificação direta, sem passar pelo sobressalto do play-off, já vão sendo endémicas.

É a quarta vez seguida que o Uruguai tem de passar por esta fase. Em 2006 falhou mesmo a qualificação, em 2010 passou-na e na África do Sul avançou até às meias-finais do Campeonato do Mundo, onde só caiu frente à Holanda. Quanto à Jordânia, alimenta a esperança de uma qualificação inédita.

Na outra eliminatória intercontinental de hoje também há um favorito à partida, o México, frente à Nova Zelândia. A seleção centro-americana é de todas as que ainda lutam pelo play-off a que esteve mais vezes na fase final do Mundial: 15 presenças em 19 edições no total.

Mas desta vez não só não conseguiu resolver o assunto no apuramento da Concacaf, que garante três lugares com entrada direta, como só chegou viva ao play-off in extremis, graças a uma ajuda providencial dos arqui-inimigos futebolísticos Estados Unidos. Numa crise de identidade da seleção senior, enquanto as equipas mais jovens continuam a conseguir bons resultados, o México vai triturando selecionadores. Miguel Herrera, o treinador do América que assumiu funções para o play-off, é o sexto selecionador mexicano nos últimos três anos.

Herrera decidiu não convocar nenhum jogador a atuar na Europa para o play-off com a Nova Zelândia, riscando por isso nomes como Chicharito Hernandez, do Manchester United, mas também os portistas Herrera e Reyes das opções. Quanto à Nova Zelândia, que reina na Oceânia desde que a Austrália passou a jogar a qualificação asiática, procura garantir aqui a sua terceira participação num Mundial.

A primeira foi em 1982 e a segunda em 2010, quando ainda jogava o apuramento com um adversário asiático e deixou pelo caminho o Bahrain. Na África do Sul, os Kiwis ficaram famosos por terem sido a única equipa sem uma única derrota, tendo no entanto caído na primeira fase: três jogos, três empates, dois golos marcados e dois sofridos, terceiro lugar no grupo atrás do Paraguai e da Eslováquia. Agora têm um desafio difícil, não só uma viagem muito mais longa do que o costume, depois de a FIFA ter alterado a lógica dos play-offs intercontinentais, cruzando a Oceânia com a Concacaf e não com a Ásia, como um jogo na altitude da cidade do México.

Na sexta-feira começam a jogar-se os play-off da Europa. Quatro confrontos, incluindo o Portugal-Suécia, com destaque para o Ucrânia-França. Os gauleses são, com os Uruguai, os dois campeões do mundo que ainda não têm o apuramento garantido. Também na Europa há uma equipa à procura da primeira presença num Mundial, a Islândia, que joga o futuro frente à Croácia. E há Fernando Santos, que joga com a Grécia frente à Roménia, procurando juntar-se a Carlos Queiroz, outro treinador português já apurado, com o Irão.