Sérgio Ribeiro, ciclista português suspenso por 12 anos por irregularidades no passaporte biológico, garante que não se dopou.

«Tenho relatórios em meu poder que me dizem que o meu passaporte é perfeitamente normal, é de um desportista normal. Estou de consciência tranquila, agora estou muito triste. Isto arruína completamente a minha carreira, a minha vida», lamentou o jogador, em declarações à Lusa.

«Não temo nada. Infelizmente estou a passar por isto. Os peritos da ADoP dizem que é anormal. Eles é que mandam. Como é que eu me vou defender quando quem manda não aceita as justificações mesmo que sejam médicos especializados no assunto?», questionou Sérgio, que ainda espera a notificação do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Ciclismo.

O ciclista mostrou-se disponível para esclarecer o mal entendido e entregar os relatórios que tem consigo. Admitiu estar «destroçado» até pela altura em que a suspensão surge, a menos de uma semana do início da Volta a Portugal.

Sérgio disse ser um «alvo muito fácil» por ter «um passado». O ciclista em 2007 deu positivo por EPO, tendo ficado suspenso durante dois anos.

«Seja daqui a um mês, dois, um ano, quatro. Quero provar a minha inocência. Vou falar com o meu advogado, para que um dia mais tarde as pessoas vejam que foi cometida uma grande injustiça», concluiu o ciclista, garantindo que vai recorrer da pena imposta pela Federação Portuguesa de Ciclismo.