Aos 31 anos, Carlo Costly já jogou em 12 clubes (diferentes) passando por oito campeonatos de três continentes: América Central e do Norte, Europa e Ásia. À média aproximada de um clube (diferente) por ano, o avançado das Honduras fez isto tudo em 13 anos – contando com a repetida passagem pelo Atlas são 13 em 13. O seu objetivo mais próximo é estar no Mundial do Brasil e, por isso, regressou ao seu país para estar mais perto da seleção.

Com 68 internacionalizações e 30 golos pelas Honduras, Costly está nesta altura a recuperar de um problema num ligamento do tornozelo, mas não é nada que impeça o sonho do Campeonato do Mundo; ao contrário do que aconteceu em 2010 quando uma lesão o impediu de estar na África do Sul.

Se tudo correr com planeado, a família Costly vai ter um segundo representante num Campeonato do Mundo. Em 1983, em Espanha (na estreia dos catrachos num Mundial), Anthony Costly, o pai de Carlo, era um dos defesas da seleção das Honduras.

Apesar do divórcio dos pais o ter levado (com a mãe) para o México aos 14 anos, Carlo Costly levou também consigo o jeito para o futebol. E foi nos mexicanos do Atletico Celaya que começou. Em 2001, com 19 anos, transferiu-se para o Monarcas Morella, passou pelo Atlas Guadalajara e continuou no México ao serviço do Pumas.


Na época 2005/06, Carlo Costly representou o primeiro clube do seu país ingressando no Platense, mas na época seguinte deixou as Américas e chegou à Europa para representar o Belchatow da Polónia. Entre vários empréstimos e contratações representa o Birmingham na Premier League de Inglaterra e ainda o Vaslui na Roménia.

O avançado hondurenho fez trânsito no Guadalajara para se estrear no Estados Unidos no Houston Dynamo. E, depois de mais um périplo pelo continente americano, voltou à Europa para os gregos do Veria. Em julho do ano passado foi para a China jogar pelo Guizhou Zhicheng e em janeiro deste ano regressou às Honduras para representar o Real España, o clube da sua cidade natal, San Pedro Sula.

«Fiquei no Real España porque gosta da equipa e da cidade e vivendo em San Pedro Sula não tenho de fazer muitas viagens. Decidi assim para estar perto da seleção e preparar o Mundial», afirmou Costly numa entrevista ao «Canal Plus» (dilvulgada pelos mediahondurenhos).

Agora, o que é preciso é «estar em boas condições para jogar o Mundial», onde os hondurenhos, no Grupo E irão defrontar a Suíça, o Equador e a França. O segundo melhor marcador das Honduras no apuramento direto dos centro-americanos para o Campeonato do Mundo, com sete golos em 13 jogos, é conhecido por uma finta característica com o nome de «la costlynha»: pisa a bola, simula que vai tocar de calcanhar e arranca deixando o adversário em contrapé .



Mesmo sem recorre à «costlynha», o avançado hondurenho foi um principal responsável pelo despedimento do selecionador do México José Manuel «Chepo» de la Torre depois do triunfo das Honduras na capital mexicana por 2-1 durante a fase de qualificação para o Mundial. Os hondurenhos impuseram a segunda derrota de sempre dos mexicanos no Estádio Azteca em 77 jogos de qualificação. A glória hondurenha ficou apelidadae de «Aztecazo II».

O primeiro «Aztecazo» aconteceu em 2001 quando o México foi batido no grande estádio da sua capital pela Costa Rica. Em setembro do ano passado, Jerry Bengston – o melhor marcador das Honduras na fase de qualificação (com 9 golos em 12 jogos) – e Costly repetira o feito que deixou o México aflito no apuramento e sem selecionador.



A dupla promete trabalho no Mundial e Costly só aguarda recuperar da lesão para dar seguimento ao que ficou previsto e incluiu a sua mudança concertada com o selecionador das Honruas para o local Real Espanã: «Antes de assinar [o contrato] falei com o professor [Luis Fernando] Suarez e ele aconselhou-me jogar cá um par de meses e depois do Mundial procurar um clube no estrangeiro.»

Doze clubes e oito paíeses depois, Carlos Costly não pensa parar os carimbos no passaporte aos 31 anos. Correndo tudo com pensado para o Brasil, as portas continuam abertas a novas aventuras no estrangeiro, como já ficou decidido com o Real España. «A direção sabe que se aparecer uma oferta interessante irei para o futebol internacional», garantiu o avançado de 31 anos.

Os clubes de Carlo Costly:
Da formação até julho de 2001: Atletico Celaya (México)
Julho 2001: Monarcas Morella (México)
Julho 2003: Atlas Guadalajara (México)
Julho 2004: Pumas (México)
Janeiro 2006: Platense (Honduras)
Fevereiro 2007: Belchatow (Polónia)
Janeiro 2009: Birmingham (Inglaterra)
Janeiro 2010: Vaslui (Roménia)
Janeiro 2011: Atlas Guadalajara (México)
Agosto 2011: Houston Dynamo (EUA)
Sem clube entre janeiro e agosto de 2012
Agosto 2012: Veria (Grécia)
Julho 2013: Guizhou Zhicheng (China)
Janeiro 2014: Real España (Honduras)