Quando rumou ao Porto, Márcio Sousa já «carregava» a alcunha de «Maradona», posta pelos seus companheiros da equipa de juvenis do V. Guimarães. As parecenças físicas e o jogo com pé esquerdo ajudaram a encontrar o apelido. «Certamente pela estatura, pela forma de jogar com o pé esquerdo, basicamente foi por isso que me começaram a chamar assim», contou Márcio Sousa ao Maisfutebol.
Os tempos de fama de Márcio Sousa não estão muito distantes. Em 2003, era o número 10 da selecção portuguesa que conquistou o título de campeã da Europa de sub-17. Nesse mesmo ano, José Mourinho chamou-o para a equipa principal do F.C. Porto.
O médio estava em casa na manhã em que um dos seus sonhos se tornou realidade. «Ligaram-me e disseram-me para aparecer no centro de estágio às 10 horas, porque ia treinar com a equipa principal.» Apesar da sua tenra idade, «Maradona» tinha conseguido atingir um sonho. «Era um pouco daquilo que queria para a minha vida e para aquilo que sonhava ser. O que foi gratificante. Só tenho de dar todo o valor, não só a mim, mas como às pessoas que me acompanharam como treinadores no Futebol Clube do Porto, que me lançaram», recorda.
Os tempos que se seguiram não sorriram a Márcio Sousa. Esteve na equipa B do F.C. Porto, depois representou o Vizela por empréstimo, em 2006/07. No final da época rescindiu contrato com o F.C: Porto e assinou pela União Desportiva de Rio Maior.
«O meu empresário tentou arranjar um clube do qual eu estava à espera, não interessa revelar agora qual, mas depois as coisas não se concretizaram e ele disse: «Vais para o Rio Maior, jogas esta época e depois as coisas logo se verão.» Com convite de última hora de um clube um inglês, «Maradona» optou por ficar então em Rio Maior, evitando falar muito dos motivos para a sua carreira não ter tomado outro rumo.
Na época que agora terminou esteve uma semana à experiência num dos campeonatos mais brilhantes do mundo. Apesar de as coisas estarem bem encaminhadas entre o jogador e o D. Corunha, a contratação falhou. «Houve um problema entre empresários. O empresário do Rio Maior e o meu empresário, então o Corunha disse que não trabalhava com dois empresários ao mesmo tempo e o negócio foi cancelado.» O regresso ao Rio Maior foi encarado com naturalidade: «O Deportivo da Corunha era um clube extraordinário para ir, mas pronto, no futebol nem sempre as coisas se concretizam. Regressei aqui como cheguei no primeiro dia, para trabalhar e fazer as mesmas coisas que tinha feito até agora», conclui Márcio Sousa.
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