Começou a carreira no V. Guimarães, aos 16 anos rumou ao F.C. Porto. Chamaram-lhe Maradona, foi lançado por José Mourinho, mas aos 22 anos Márcio Sousa já está longe das luzes da ribalta. Hoje joga no Rio Maior, depois de uma experiência no D. Corunha, sem sequência.
Quando rumou ao Porto, Márcio Sousa já «carregava» a alcunha de «Maradona», posta pelos seus companheiros da equipa de juvenis do V. Guimarães. As parecenças físicas e o jogo com pé esquerdo ajudaram a encontrar o apelido. «Certamente pela estatura, pela forma de jogar com o pé esquerdo, basicamente foi por isso que me começaram a chamar assim», contou Márcio Sousa ao Maisfutebol.
Os tempos de fama de Márcio Sousa não estão muito distantes. Em 2003, era o número 10 da selecção portuguesa que conquistou o título de campeã da Europa de sub-17. Nesse mesmo ano, José Mourinho chamou-o para a equipa principal do F.C. Porto.
O médio estava em casa na manhã em que um dos seus sonhos se tornou realidade. «Ligaram-me e disseram-me para aparecer no centro de estágio às 10 horas, porque ia treinar com a equipa principal.» Apesar da sua tenra idade, «Maradona» tinha conseguido atingir um sonho. «Era um pouco daquilo que queria para a minha vida e para aquilo que sonhava ser. O que foi gratificante. Só tenho de dar todo o valor, não só a mim, mas como às pessoas que me acompanharam como treinadores no Futebol Clube do Porto, que me lançaram», recorda.
Os tempos que se seguiram não sorriram a Márcio Sousa. Esteve na equipa B do F.C. Porto, depois representou o Vizela por empréstimo, em 2006/07. No final da época rescindiu contrato com o F.C: Porto e assinou pela União Desportiva de Rio Maior.
«O meu empresário tentou arranjar um clube do qual eu estava à espera, não interessa revelar agora qual, mas depois as coisas não se concretizaram e ele disse: «Vais para o Rio Maior, jogas esta época e depois as coisas logo se verão.» Com convite de última hora de um clube um inglês, «Maradona» optou por ficar então em Rio Maior, evitando falar muito dos motivos para a sua carreira não ter tomado outro rumo.
Na época que agora terminou esteve uma semana à experiência num dos campeonatos mais brilhantes do mundo. Apesar de as coisas estarem bem encaminhadas entre o jogador e o D. Corunha, a contratação falhou. «Houve um problema entre empresários. O empresário do Rio Maior e o meu empresário, então o Corunha disse que não trabalhava com dois empresários ao mesmo tempo e o negócio foi cancelado.» O regresso ao Rio Maior foi encarado com naturalidade: «O Deportivo da Corunha era um clube extraordinário para ir, mas pronto, no futebol nem sempre as coisas se concretizam. Regressei aqui como cheguei no primeiro dia, para trabalhar e fazer as mesmas coisas que tinha feito até agora», conclui Márcio Sousa.