Fortunato Azevedo foi outra das figuras do Benfica-F.C. Porto da temporada 1991/92, um estatuto adquirido antes mesmo de começar a partida. Isto porque o juiz bracarense não só já tinha dirigido o jogo da primeira volta entre as duas equipas, como tinha marcado presença em cinco clássicos nessa mesma época.
Mas o protagonismo de Fortunato Azevedo não se ficou por aqui. Empenhado em fazer boa figura no importante jogo, o árbitro decidiu cumprir um curto período de estágio na Costa de Caparica. A preparação para a partida mereceu cobertura jornalística, com uma sessão fotográfica na praia. O juiz bracarense posou mesmo para os flashes em cima de uma prancha de surf (mas em terra), na companhia dos seus auxiliares.
A boa disposição era tal que Fortunato Azevedo revelou os códigos que usava com a sua equipa. É que na altura ainda não havia as tecnologias de agora. Segundo o próprio revelou então, se o fiscal-de-linha (como então era apelidado) piscasse o olho direito, era grande penalidade. Caso fosse o olho esquerdo, era sinal de que a falta tinha sido cometida fora da área. Por fim coçar a cabeça significava que um dos bancos estava a ser «malcriado».