O brasileiro Somália, do Botafogo, está metido numa grande alhada, depois de ter inventado um rapto na última quarta-feira, que a polícia brasileira acredita não ter acontecido. O jogador justificou a ausência no treino de quarta-feira com o rapto e apresentou queixa na polícia que o apanhou em contradição no depoimento e decidiu investigar.

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Depois de visualizar as imagens da câmara do elevador do prédio onde mora, a polícia descobriu que o jogador tinha chegado a casa cerca das 4 horas da madrugada. Subiu no elevador às 8h46, com o cordão e o relógio que disse terem sido roubados. Por volta nas 9 horas, desceu, já sem os objectos.

«Descobrimos que ele chegou de madrugada e saiu para a esquadra às 9h07m da manhã. No depoimento, ele disse que foi abordado por volta das 7h. Também temos imagens do atleta a tirar dinheiro da carteira e a sair de casa sem o cordão que disse ter sido roubado. Nós desconfiamos, pois a vítima caiu em contradição no depoimento. Por conta disso, nós fomos atrás da verdade, e iremos chamá-lo para uma explicação», explicou Juliana Domingues, responsável pela investigação.

O jogador já foi indiciado por denúncia caluniosa e corre o risco de ser castigado com um a seis meses de prisão por esse crime. Dependendo do julgamento, a pena pode ser convertida para serviços comunitários. A multa por um atraso ao treino seria...40% do salário.

O Botafogo emitiu um comunicado explicando que só tomará medidas para com o jogador depois de o caso ser devidamente esclarecido.