Separados por três pontos à partida para este jogo, os vizinhos de Aveiro e Coimbra acabaram igualados na tabela. Aos auri-negros, com um dos priores ataques da Liga, mas com a particularidade de ostentarem uma das melhores defesas cá do burgo, bastou um golo de Zhang para confirmar a tendência de serem mais felizes fora de casa.

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A Académica já não ganha para o campeonato há dois meses e resvala na classificação na exacta proporção em que os aveirenses começam a trepar. Segunda vitória consecutiva para Rui Bento, o tal a quem o ex-companheiro Pedro Manuel apelidou de calculista, e o fim, aparente, das dúvidas quanto à posição do treinador em quem Pishyar reforçou a confiança. Resultou.

Aveirenses entram a ganhar

Fazia o Beira Mar o primeiro ataque da partida e, num lance fortuito, João Real sofria a lesão que o haveria de obrigar a sair do jogo. Nesse entretanto, os aveirenses, numa jogada de insistência, aproveitaram a desorganização momentânea dos da casa para chegarem ao golo. Num ápice, duplo-azar para Pedro Emanuel: uma substituição «queimada» aos cinco minutos e a equipa já a perder.

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Danilo rendeu o colega infortunado, Pape Sow, nem de propósito, com culpas no golo, recuou para central, e a Académica tentou juntar os cacos e esticar o seu futebol até lá à frente. Demorou a consegui-lo e teve de contar com a tenacidade de uma das melhores defesas do campeonato. Os estudantes porfiaram, porfiaram, mas os auri-negros mostravam-se irredutíveis, bem posicionados, e muito concentrados.

A Académica reclamou uma possível grande penalidade por mão de Pedro Moreira, e destapou-se atrás, deixando espaços suficientes para serem aproveitados pelos lépidos avançados beira-marenses. Douglas colocou Peiser à prova, mas não houve muito mais a assinalar do ataque forasteiro na primeira parte. A Briosa assumiu as despesas, faltaram foram caminhos desimpedidos para chegar até Rego

Diogo Valente abanou o jogo mas não chegou

Com Pedro Emanuel a assumir os riscos, a Briosa manteve-se com todas as armas apontadas à baliza. Diogo Valente dava amplitude ao lado esquerdo e, já depois de ter colocado Éder e Sissoko de frente para o golo, tentou, ele próprio, visar as redes. Esteve perto e o momento ameaçava viragem a qualquer momento.

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Pelo meio, houve mais uma mão na bola na área aveirense e Rui Silva voltou a ficar na mira dos adeptos locais, mais ainda quando sancionou um fora-de-jogo a Sissoko. A pressão era enorme para Rego e seus pares. Éder mantinha-se ameaçador, porém sem pontaria.

Não era, definitivamente, a noite dos estudantes. Depois da estrondosa vitória sobre o F.C. Porto para a Taça de Portugal, há uma semana, havia expectativa para saber se a equipa daria continuidade a esse jogo extremamente bem conseguido e entusiasmante.

Não foi o que aconteceu esta sexta-feira, mas não por falta de empenhamento e atitude dos locais, que tiveram de enfrentar um oponente que, arregaçando as mangas e cerrando os dentes, soube conservar a vantagem madrugadora até ao último suspiro coimbrão.