A Académica está invicta em casa desde a chegada de André Villas Boas mas o técnico já avisou que a equipa apenas está a cumprir a sua obrigação. Agora, frente ao F.C. Porto, para a Taça da Liga, nesta quarta-feira, chega o primeiro verdadeiro teste à invencibilidade dos estudantes em Coimbra, num jogo em que é fundamental fazer um bom resultado, já que a Briosa tem aspirações de chegar às meias-finais da prova.
«As perspectivas são as de alcançar algo positivo, uma vitória ou empate, não dá para recuperar mais tarde, porque é uma competição curta. O empate pode ser suficiente se conseguirmos um bom resultado depois com o Leixões, mas fazer desde já seis pontos era muito bom», admite o capitão Orlando, que personifica o querer da equipa: «Nos jogos em casa, temos consolidado exibições e resultados, vai ser um encontro difícil mas vamos fazer tudo para continuar essa onda de bons resultados entre portas.»
O central diz não ter preferência em termos da equipa que os portistas poderão apresentar, já que é natural que Jesualdo Ferreira opte por gerir o plantel: «Venha quem vier, os jogadores são todos equivalentes. O F.C. Porto já alterou a equipa e conseguiu bons resultados à mesma. Temos é de pôr o nosso futebol em campo e dar tudo, venha quem vier, porque será um jogo complicado. Mesmo se por vezes vacila um pouco, o F.C. Porto consegue o objectivo que é ganhar. Podemos tirar partido de alguma fragilidade mas não estamos à espera de facilidades.»

Da mesma forma, o experiente defesa garante que Falcao não terá uma vigilância fora do normal. «Vamos fazer o nosso jogo, trata-se de um jogador muito móvel, que não desiste nunca de um lance, mas não será alvo de atenção especial», afiança.
Na época passada, os estudantes não conseguiram chegar às meias-finais da Taça da Liga por um golo. Uma situação frustrante, que os jogadores não querem ver repetida. «Foi difícil ficar de fora nessas circunstâncias mas passou à história, vamos ter agora nova oportunidade esta época, que tentaremos aproveitar», salienta, não atribuindo demasiado importância ao facto de a equipa só ter menos um ponto do que em igual período do ano passado: «Repetir o sétimo lugar? Temos de pensar jogo a jogo. Ter os mesmos pontos agora ou mesmo um ou dois a mais não interessa. Só no final é que se fazem as contas.»
Em final de contrato, Orlando revela que ainda não foi abordado para renovar mas garante total abertura: «Ainda faltam cinco meses e não assinei por ninguém, apesar de estar livre. Ainda não abordámos esse tema. Estou perfeitamente enquadrado, sinto-me bem aqui, se me propuserem, irei pensar. O facto de ser capitão é para mim um estímulo mas não é por isso que tenho qualquer tratamento especial.»