Nuno Piloto, jovem médio da Académica, de 23 anos, vai apresentar esta quinta-feira o seu trabalho de estágio, o último passo, antes da defesa da tese, para acabar a licenciatura em Bioquímica pela Universidade de Coimbra, recuperando uma antiga tradição do plantel dos jogadores-estudantes da briosa.
«Sinto-me naturalmente orgulhoso e satisfeito, bem como recompensado por ter conciliado o futebol com os estudos. Valeu bem a pena», contou o jogador à Agência Lusa, referindo ainda que se sente um «exemplo» para os mais jovens.
O jovem médio tem contrato até 2006, mas já recebeu uma proposta da Académica para prolongar o seu vínculo, embora não tenha ainda tomado uma decisão. Depois de conquistar um lugar entre os titulares da equipa de Nelo Vingada, Nuno Piloto guarda, agora, a ambição de vir a representar um clube de maiores dimensões.
«Agora que sou cem por cento profissional, não escondo o desejo de dar o salto, como qualquer atleta, para um clube maior, português ou estrangeiro», destacou.
Nuno Piloto começou a jogar à bola nas camadas jovens do Repesenses, clube de Viseu, onde jogou até aos 18 anos, antes de saltar para os juniores da Académica. Jogou ainda dois anos na equipa B dos «estudantes», representou a Anadia, já como sénior, e está há duas temporadas na equipa principal de Coimbra.
Nuno Piloto segue assim as pisadas dos guarda-redes Pedro Roma e Eduardo, licenciados em Educação física, e ao também recém-licenciado em Engenharia Civil, Marcelo, antigo jogador dos «estudantes». Zé Castro, a estudar jornalismo, e Vítor Vinha, a formar-se em Educação Física, são mais dois «estudantes» que estão a conciliar a bola com os livros.