José Luis Garcés, jogador da Académica que partiu para o Panamá pouco antes do último Natal e não mais regressou ao clube, voltou a ser notícia no seu país natal pelos piores motivos. O caso é dado à estampa na edição desta sexta-feira do jornal «Dia-a-Dia», que conta como uma denúncia da parte de uma família, identificada como os «Magallón», levou as autoridades policias a deter o controverso futebolista durante umas horas, enquanto revistavam a sua viatura e posteriormente a sua casa devido a suspeitas de posse ilegal de arma de fogo.
Depois de realizadas as perícias, que nada revelaram, Garcés, juntamente com um advogado, apresentou ele próprio queixa contra os membros da referida família, devolvendo-lhes a acusação de ameaças sob arma de fogo. «Eles estão sempre a provocar-me, ainda que eu tente evitá-los. Ameaçam matar-me, porque, eles sim, têm armas. Este problema já começou há muito tempo e até tenho dois irmãos presos por causa deles. Agora, querem tramar-me, dizendo que tenho armas e drogas», defendeu.
Sobre o futuro, Garcés disse que pretende viajar para Portugal na próxima semana. «Falei com o meu representante há dois dias e ele disse-me que ia chamar-me para que eu viaje para lá e resolva a questão. A Académica quer recuperar o que pagou por mim. Vamos ver se não querem que jogue mais por eles e, se assim for, que me dêem autorização parar jogar pelo San Francisco [com o qual tem treinado] ou pela selecção», desvendou.
Recorde-se que esta não foi a primeira vez que José Luis Garcés teve problemas com a Justiça do seu país. Em 2004, foi acusado de ter baleado [daí a alcunha] um membro de um gang, acusação da qual acabaria por ser ilibado.