O Marítimo veio a Coimbra buscar mais uma vitória e aumentou para quatro os pontos de distância sobre o Sporting no quarto lugar. Mais: Pedro Martins é já o técnico que mais pontos conseguiu ao serviço dos insulares desde que o campeonato é disputado por 16 equipas, batendo um recorde até agora na posse de Sebastião Lazaroni.

Os verde-rubros jogaram o suficiente para bater uma Académica no auge de uma severa crise de identidade (nunca a equipa esteve, em toda a sua história, 13 jogos consecutivos sem ganhar!) e foram terrivelmente eficazes - só fizeram um remata à baliza! - perante um adversário que dominou a primeira parte, criou várias ocasiões, mas foi incapaz de marcar. Assim é difícil...

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Os estudantes estão a cinco pontos da linha de água e ainda vão ver os adversários diretos jogar nesta jornada. Onde está a equipa que conseguiu chegar à final da Taça de Portugal e bateu o pé aos grandes? Pelos vistos, dos cinco primeiros, os maritimistas foram mesmo os únicos que não perderam pontos diante dos de Coimbra.

Começar bem não basta

A Académica iniciou bem o jogo, mostrando a atitude que vai buscar quando defronta os grandes, com boa pressão sobre o adversário, concentração defensiva e bastante vontade de chegar rapidamente à baliza de Peçanha. Estivessem melhor os extremos e o golo bem poderia ter surgido na primeira parte, o melhor períodos dos homens de Pedro Emanuel.

Ainda assim, Edinho, Reiner Ferreira e David Simão procuraram visar as redes maritimistas, mas a finalização foi a grande pecha dos estudantes. O Marítimo, bem organizado, com futebol de pé para pé, tentou descobrir espaços, fazendo uso de um trio muito dinâmico, sempre à espreita (Sami, Danilo Dias e Heldon) do erro adversário.

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Os insulares até pareciam alheados do jogo, mas, num ápice, estavam na cara de Peiser. Valeu a frieza da defesa da casa, a subir no limite para apanhar os verde-rubros em fora-de-jogo. E não foram poucas vezes.

Tantas vezes o Marítimo esticou a corda que, numa delas, Heldon marcou mesmo. O passe de Danilo Dias é meio caminho para o golo, os locais pediram deslocação, mas o lance é limpo, e o resto é tudo uma questão de eficiência do cabo-verdiano. A que os ilhéus tiveram e a que faltou à Briosa durante toda a primeira parte.

A emotividade não mais deixou a partida. Rúben Ferreira foi expulso, mas a superioridade numérica dos estudantes durou pouco, face ao vermelho visto por Reiner Ferreira. Mais uma vez, os donos da casa foram incapazes de aproveitar uma vantagem e, sem surpresas, o encontro terminou com os três pontos na bagagem dos maritimistas, de regresso à Madeira... e lenços brancos a esvoaçar na bancada.