O Marítimo somou esta segunda-feira a terceira vitória consecutiva na Liga e já bate às portas da Europa, a um ponto apenas do quinto lugar, na posse do Rio Ave. Os insulares rubricaram uma exibição convincente, confirmaram a tendência vitoriosa em Coimbra pela quarta época seguida, e devolveram na mesma moeda a derrota da primeira volta.

Os estudantes, em ciclo inverso, averbaram a terceira derrota em igual número de jogos e ficam de novo à mercê das aflições dos fundos da tabela, num 12º lugar que poderiam ter melhorado nesta jornada.

Os verde-rubros chegaram facilmente aos dois golos de vantagem perante a apatia dos locais, que demoraram a acordar até reduziram a desvantagem, pressionaram na segunda parte, mas sofreram cedo o terceiro e não foram capazes de conseguir melhor. Wilson Eduardo ainda vez o 2-3 no último suspiro da partida, mas o desfecho já estava traçado.

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A Briosa teve uma entrada em falso na partida. Com uma defesa remodelada (só Reiner Ferreira sobreviveu em relação ao jogo da Luz), a equipa da casa tardou em acertar o passo e, quando deu por si, já estava a perder.

Danilo Dias era uma espécie de corpo estranho com qual os comandados de Pedro Emanuel pareciam não saber lidar e o pequeno avançado dos insulares aproveitou para fazer estragos. Abriu o marcador e continuou a fazer o que queria. O segundo foi uma questão de tempo, só mudou o autor: Artur, desta feita.

Estudantes acordam por fim

Com menos de meia hora de jogo decorrido e já com uma desvantagem de dois golos para recuperar, a Académica não teve outra alternativa senão lançar-se ao ataque. Subiu as linhas, instalou-se de vez no meio-campo ilhéu e carregou a bom carregar.

O prémio chegou no último minuto da primeira parte, pelo insuspeito Edinho. Aqui, temos de puxar a fita um pouco atrás para dizer que o melhor marcador da Briosa começou o jogo no banco (terá sido por isso que disse no Facebook «começo a ficar saturado da mesma situação!»?) e só foi lançado depois da lesão de Cissé.

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A partida estava relançada e os capas negras até voltaram dos balneários cheios de vontade de consumar a cambalhota no marcador, mas se há casos em que a pressa é inimiga da perfeição este é um deles.

Sami fez o 1-3 num lance tirado a papel químico do primeiro golo, com grandes responsabilidades para a defesa, e deitou por terra as possibilidades de os das casa darem a volta ao texto.

Mesmo assim, ainda procuraram fazer pela vida, com muito coração e, logicamente, pouca razão. A equipa lutou até à exaustão, mas a experiência maritimista, aliada a alguma circulação de bola, veio ao de cima.

Pelo meio, Ricardo ainda teve de evitar o quarto dos madeirenses num par de ocasiões, uma vez que os estudantes, na ânsia de chegar ao golo, destaparam-se na defesa. Valeu ainda o golão de Wilson Eduardo a reduzir a diferença no marcador para a margem mínima, mas o mal já estava feito.